sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Vamos discutir Salvador?

Preliminarmente vou ao passado e lembro bem que a Vasco da Gama, chamada de Rio Vermelho da Linha de baixo, era estreita, de barro e só passava um bonde, com trecho em que um esperava em desvio o outro que vinha em sentido contrário em observância a sinaleira: a Garibaldi ainda não tinha esse nome era conhecida como linha do Rio Vermelho da Linha de Cima,passava pelo Campo Grande, Garcia e descia e pagava o vale com também linha de bonde similar a outra e chegava como último ponto ao largo de Amaralina.
Vou tecer algumas linhas para focar o crescimento de Salvador, quando há alguns anos atrás ainda não existia, a Avenida Paralela, Av.Dorival Caymmi, a estrada que levava a Portão em Lauro de Freitas era de barro e para chegar ao aeroporto os caminhos eram a Avenida Octávio Mangabeira na orla e a estrada velha do Ipitanga e os de falta de visão consideraram a abertura da Avenida Paralela uma despropositada aventura, pois não conseguiam enxergar que dado a geografia a cidade teria que correr rumo ao norte.

E foram sendo construidas avenidas, mais avenidas, principalmente nos vales, pois até então Salvador era uma cidade edificada nas cumeeiras.

O tempo passou e o tal do desenvolvimento em Salvador aportou e hoje como a terceira cidade mais populosa do país, com mais de 3 milhões de habitantes, afora os milhares sempre em transito clama por ousadia de pensar grande e construir e equacionar os espaços a fim de evitar em se tornar uma metrópole neurotizada.


Vamos discutir Salvador?


O projeto Salvador capital do mundo e/ou Salvador capital do futuro em minha opinião não tem relevância, nem abrangência politica, tem que ser discutida e buscada soluções avançadas visando o amanhã que está batendo a porta e nesse contexto tem que ser enquadrada toda a região Metropolitana de Salvador, e os aspectos prioritários e fundamentais são o bem estar social, a mobilidade, a habitabilidade, o lazer e todo um grande leque indispensável a uma grande metrópole.

É bom deixar bem claro, que nada pode ser deixado para depois e o que se pode tratar logo agora será ainda muito pouco para uma solução ampla e duradoura para as condições de vida da região.

Sem achismos, acredito que teremos apenas que aguardar o pleito eleitoral que se aproxima e a partir de 15 de outubro toda a sociedade representativa de todos os seus vetores têm que discutir Salvador.

Essa cidade precisa ser estudada , analisada , pensada, administrada e construída visando o animal mais importante do planeta o Homem e a preparação tem que focar o seu desenvolvimento, com a preservação de seu histórico, seu meio ambiente, mas sem razões criadas com efeito impeditivo do crescer.

E a mobilidade urbana é a vertente principal para deslanchar a forma de viver bem e por isso foco mais uma vez intervenções como infra relacionadas:

Rede Integrada de Transportes (RIT) ; Programa de Obras Viárias com construções de novas avenidas e requalificação de outras tantas; implantação de sistema multimodal de tranportes, com a modernização dos trens do subúrbio, construção de novas ferrovias, conclusão do Metrô no mínimo até Pirajá, revitalização dos transportes ligando os andares da cidade, construção da Ponte Salvador a Itaparica, construção e reconstrução de estações de passageiros; corredores de tráfegos em todas avenidas de vale, construções de túneis, viadutos e pontes, enfim uma preparação para enfrentar o desenvolvimento que não para.


Dentre as várias obras fundamentais para Salvador, dou abaixo dados sobre a Avenida Atlântica que considero uma das mais urgentemente necessárias.


Avenida Atlântica
"A construção desta avenida será uma alternativa à Paralela com 14,6 quilômetros de pista dupla, com 3 faixas de tráfego por sentido, que começa na Avenida Luís Eduardo Magalhães e termina na Avenida Dorival Caymmi, integrando o Centro de Convenções. A previsão é que o tempo total de deslocamento por esta via seja menor do que 20 minutos.
A Avenida Atlântica contará, ainda, com oito conexões com o sistema viário existente: viadutos, alças e rampas, duas ligações viárias simples (viaduto) e uma ponte suspensa sobre o Parque Metropolitano de Pituaçu. A Ponte de Pituaçu passará por cima do Parque de Pituaçu, e será a primeira ponte pêncil do Brasil, com 1 quilômetro de extensão e 600 metros de vão livre, projetada com tecnologia de ponta para ser muito leve e não interferir na paisagem.
A Avenida ainda criará uma ligação direta desde o Centro de Convenções de Salvador e Avenida Luís Eduardo Magalhães até os bairros de Mussurunga e Piatã. Atende também as regiões do Imbuí, Boca do Rio, Jardim Imperial, Parque de Pituaçu, Patamares, Piatã, Alto do Coqueirinho, Bairro da Paz e Aeroporto Internacional. Beneficiará uma população estimada de 430 mil moradores, residentes nas suas áreas de influência direta."

A titulo de elucidação de grau de importância dessa avenida a sua Ponte Pêncil será maior de que a Hercilio Luz em Santa Catarina que liga a capital ao continente e que tem 819 metros de extensão e é atualmente a maior do gênero no país.

































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