30/11/2009 às 21:19
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Lusoarenas diz que dá para adaptar projeto, mas precisaria de “apoio”
Nelson Barros Neto l A TARDE
Divulgação
Terreno já está comprado, à mercê de liberação ambiental
Museu de grandes novidades para uns, tábua de salvação do futebol baiano para outros, a Arena Salvador ressurgiu segunda-feira da semana passada e, em dois dias, mudou o discurso do governo para a Copa de 2014. Se antes só se admitia a reconstrução da Fonte Nova, agora não se descarta uma outra finalidade para o estádio, como por exemplo olímpica, com vistas aos Jogos do Rio, em 2016.
Certo, mas o projeto da Lusoarenas daria mesmo para ser usado no Mundial? O próprio representante da empresa portuguesa na cidade, o advogado Antônio Carlos Menezes, confessa que não. “Nosso propósito firme e definido é o de fazer um palco para Vitória e Bahia naqueles moldes apresentados. Padrão Fifa, e não Copa, até porque não tínhamos motivo. Já havia, como há ainda, processo oficial para atender a essa demanda”.
Contudo, segundo ele, as coisas poderiam “se ajeitar”. “A partir do momento que o governo do Estado esteja disposto a abrir mão para essa nova arena servir na Copa, posso assegurar que a Lusoarenas está pronta e disposta, junto com os clubes, para contribuir nesse sentido”.
Os “poucos ajustes” envolveriam principalmente uma ampliação da capacidade, inicialmente fixada em 35 mil pessoas. Apelidado de ‘Cacau’, Menezes viajou no domingo, 29, em busca de novidades sobre o assunto. O vice-presidente da empresa, Marco Antônio Herling, segue em Lisboa desde antes do lançamento do projeto no Hotel Fiesta. A grande questão, agora, seria de origem financeira.
Respostas - Quando o governador Jaques Wagner deu sustentação à história, falou em aproveitar o dinheiro a ser gasto na Fonte em obras de infraestrutura para Salvador. “Quero garantias, fiança, seguro, cronograma, porque tenho um compromisso e um prazo a cumprir com a Fifa. Se a concretude for comprovada, poderemos destinar os R$ 400 milhões do empréstimo do BNDES para a mobilidade da cidade, que precisa de R$ 1,2 bilhão”, disse.
Porém, de acordo com Menezes, um eventual aperfeiçoamento não seria gratuito. “Com certeza. Indiscutivelmente, implicaria aumento de custos, que não teria razão para a Lusoarenas e os clubes assumirem”, afirma, no aguardo de uma nova reunião na Governadoria para se discutir o tema.
Contando que a empresa realmente não se habilitou na concorrência da Fonte Nova – cujo resultado está previsto para começar a sair sexta – , nega não ser impossível adequar o estádio no Caderno de Encargos da Fifa. “Lá não existe essa especificação do local dos jogos. O caderno é técnico, destaca as exigências que precisam ser cumpridas, mobilidade, etc”.
Procurado, o porta-voz do Comitê Organizador da Copa, Rodrigo Paiva, alega que o campo indicado pela Bahia é o Octávio Mangabeira. E não aceita discorrer sobre especulações.
Menezes também garante que prazo não seria problema. O advogado minimiza críticas quanto ao andamento da arena: “A gente vê reportagens... O Maracanã não está nem com o projeto pronto, não tem nada, e sediará a final. Agradeço as palavras do governador e vamos ver o que acontece”.
Reclamações a respeito da localização, em Areia Branca, a 6 quilômetros do aeroporto, também são rechaçadas. “Trata-se de um novo destino de desenvolvimento, rumo ao litoral norte. O centro está estrangulado.”
Lusoarenas diz que dá para adaptar projeto, mas precisaria de “apoio”
Nelson Barros Neto l A TARDE
Divulgação
Terreno já está comprado, à mercê de liberação ambiental
Museu de grandes novidades para uns, tábua de salvação do futebol baiano para outros, a Arena Salvador ressurgiu segunda-feira da semana passada e, em dois dias, mudou o discurso do governo para a Copa de 2014. Se antes só se admitia a reconstrução da Fonte Nova, agora não se descarta uma outra finalidade para o estádio, como por exemplo olímpica, com vistas aos Jogos do Rio, em 2016.
Certo, mas o projeto da Lusoarenas daria mesmo para ser usado no Mundial? O próprio representante da empresa portuguesa na cidade, o advogado Antônio Carlos Menezes, confessa que não. “Nosso propósito firme e definido é o de fazer um palco para Vitória e Bahia naqueles moldes apresentados. Padrão Fifa, e não Copa, até porque não tínhamos motivo. Já havia, como há ainda, processo oficial para atender a essa demanda”.
Contudo, segundo ele, as coisas poderiam “se ajeitar”. “A partir do momento que o governo do Estado esteja disposto a abrir mão para essa nova arena servir na Copa, posso assegurar que a Lusoarenas está pronta e disposta, junto com os clubes, para contribuir nesse sentido”.
Os “poucos ajustes” envolveriam principalmente uma ampliação da capacidade, inicialmente fixada em 35 mil pessoas. Apelidado de ‘Cacau’, Menezes viajou no domingo, 29, em busca de novidades sobre o assunto. O vice-presidente da empresa, Marco Antônio Herling, segue em Lisboa desde antes do lançamento do projeto no Hotel Fiesta. A grande questão, agora, seria de origem financeira.
Respostas - Quando o governador Jaques Wagner deu sustentação à história, falou em aproveitar o dinheiro a ser gasto na Fonte em obras de infraestrutura para Salvador. “Quero garantias, fiança, seguro, cronograma, porque tenho um compromisso e um prazo a cumprir com a Fifa. Se a concretude for comprovada, poderemos destinar os R$ 400 milhões do empréstimo do BNDES para a mobilidade da cidade, que precisa de R$ 1,2 bilhão”, disse.
Porém, de acordo com Menezes, um eventual aperfeiçoamento não seria gratuito. “Com certeza. Indiscutivelmente, implicaria aumento de custos, que não teria razão para a Lusoarenas e os clubes assumirem”, afirma, no aguardo de uma nova reunião na Governadoria para se discutir o tema.
Contando que a empresa realmente não se habilitou na concorrência da Fonte Nova – cujo resultado está previsto para começar a sair sexta – , nega não ser impossível adequar o estádio no Caderno de Encargos da Fifa. “Lá não existe essa especificação do local dos jogos. O caderno é técnico, destaca as exigências que precisam ser cumpridas, mobilidade, etc”.
Procurado, o porta-voz do Comitê Organizador da Copa, Rodrigo Paiva, alega que o campo indicado pela Bahia é o Octávio Mangabeira. E não aceita discorrer sobre especulações.
Menezes também garante que prazo não seria problema. O advogado minimiza críticas quanto ao andamento da arena: “A gente vê reportagens... O Maracanã não está nem com o projeto pronto, não tem nada, e sediará a final. Agradeço as palavras do governador e vamos ver o que acontece”.
Reclamações a respeito da localização, em Areia Branca, a 6 quilômetros do aeroporto, também são rechaçadas. “Trata-se de um novo destino de desenvolvimento, rumo ao litoral norte. O centro está estrangulado.”
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