domingo, 8 de maio de 2016

ESTALEIRO ENSEADA QUER SE TRANSFORMAR EM POLO INDUSTRIAL E DE LOGÍSTICA

Publicado em Bahiaeconômica

08/05 - 07h45m
 

 

O estaleiro Enseada Indústria Naval quer deixar de ser apenas um estaleiro para se transformar em um polo de novos negócios industriais e de logística. O estaleiro ocupa uma área de 1,6 milhão de m2  em Maragogipe, no Recôncavo da Bahia, onde foram investidos R$ 3 bilhões, mas neste momento está deserta, por conta da crise na indústria naval, especialmente no setor de sondas, provocada pela inadimplência da Sete Brasil, a empresa criada pela Petrobras e envolvida na Operação Lava-Jato. 
Sem deixar sua vocação natural de produção de equipamentos navais – navios, sondas e armazéns flutuantes – o Polo Industrial Enseada, como pretende ser chamado, está preparando para oferecer soluções integradas para os mais diversos segmentos da indústria, como o eólico, automotivo e  da petroquímica baiana.

“A empresa solicitou ao Governo do Estado, através da secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), que ajudasse-a identificar empresas e novos negócios para o Enseada, diversificando a produção alem da indústria naval”, explica Paulo Guimarães, superintendente da SDE.

A planta industrial apresenta vantagens competitivas para operar como hub logístico, cais de atracamento, de padrão internacional, e área alfandegada para receber cargas e projetos especiais.

O Enseada tem capacidade de processar 72 mil toneladas/ano de aço, em regime de dois turnos de trabalho, com parte da mão-de-obra qualificada no Japão pelo estaleiro Kawasaki do Japão .

O empreendimento está com suas obras civis totalmente prontas, está licenciado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e já possui autorização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para operar como Terminal de Uso Privado (TUP).

“Temos alguns diferenciais importantes, como a localização estratégica, na foz do Rio Paraguaçu, e a possibilidade de desenvolvimento de projetos industriais de alta complexidade. Temos uma estrutura com alta tecnologia, gestão focada em resultados, produtividade e uma forte política ambiental para estar entre os polos industriais mais eficientes e competitivos do mundo”, aponta o diretor de relações institucionais e sustentabilidade do Enseada, Humberto Rangel.

Nenhum comentário: