terça-feira, 8 de março de 2016

MARINHA NÃO ACEITA MUDAR HOSPITAL PARA DAR LUGAR A CENTRO DE CONVENÇÕES

Publicado em Bahiaeconômica

08/03 - 08:43hs -

 
O Comando do II Distrito Naval informou que aceita conversar com o Governo do Estado sobre uma possível mudança do Comércio, na Cidade Baixa, para uma área na Base Naval de Aratu, para que no local seja construído o novo Centro de Convenções da Bahia. No entanto, o Comando não aceita a mudança de endereço do Hospital Naval, que fica anexo ao Quartel dos Fuzileiros Navais. A decisão da Marinha foi apresentada aos integrantes do Conselho Estadual de Turismo, na tarde de ontem, em reunião com o secretário de Turismo, Nelson Pelegrino, para discutir a proposta de construção do novo Centro de Convenções, no Comércio.

Conforme explicou o Comando do II Distrito Naval, em nota assinada pelo Assessor de Comunicação Social, o Capitão-de-Corveta, Flávio Francisco Barbosa Almeida, as negociações com o Governo do Estado não envolvem o terreno onde está instalado o Hospital Naval. Segundo a nota, “tais negociações não envolvem a cessão do terreno onde funciona o Hospital Naval de Salvador (HNSa), uma vez que as atuais instalações apresentam condições essenciais para o atendimento de saúde dos militares da MB (Marinha do Brasil) e dos seus dependentes.

Para o vice-presidente do Conselho Nacional de Turismo e presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação do Estado da Bahia, Silvio Pessoa, a decisão da Marinha praticamente inviabiliza as pretensões do Governo do Estado para o local. “Não há como se  ter um Centro de Convenções de grande porte ao lado de um hospital. Criaria uma série de embaraços e prejudicaria a captação e realização de eventos”, disse.

Para o secretário de Turismo, a convivência futura entre o novo centro de convenções e o Hospital Naval não terá problemas. Para o secretário, o maior entrave está na exigência da Marinha de só permitir a saída do grupamento militar dos Fuzileiros Navais quando dispuser de uma nova área totalmente pronta operacionalmente, o que demanda tempo e recursos.

O próprio secretário, que convocou os integrantes do trade turístico para uma reunião no final da tarde de ontem, do Estado, se encarregou de explicar que ainda não há qualquer definição de custos compensatórios do Governo do Estado para a Marinha, caso seja concretizada a transferência, e muito menos as fontes de recursos para a construção do novo centro. Segundo Nelson, o Comando do II Distrito Naval aceita conversar sobre o assunto, mas de antemão não aceita a saída do Hospital Naval da área. “Por isso as negociações estão em andamento, pois envolve patrimônio da União e questões estratégicas da própria Marinha”, disse. (TB)

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