
Se o projeto da Ferrovia Oeste-Leste não avançar rapidamente, inclusive o trecho que chegaria a Barreiras e depois a localidade de Capimnorte, em Goiás, a Bahia vai ficar de fora das rotas de escoamento de grãos do país.
Isso porque começa a sair do papel, com investimentos chineses, projetos de transportes usando os portos da Região Norte. Conforme reportagem do jornal O Globo, nos últimos meses, iniciativas em hidrovias, rodovias e ferrovias registraram algum avanço para a abertura da chamada saída Norte, ou Arco Norte, que poderá, segundo a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), reduzir em mais de 30% o custo do frete da produção do Mato Grosso enviada ao exterior.
As obras que viabilizam as rotas de escoamento são a Ferrovia Norte-Sul, a Ferrovia Paraensse, um projeto de R$ 17 bilhões do governo do Pará, com 1.350 quilômetros de ferrovia que cortam o estado, ligando o Mato Grosso até os portos paraenses, a Ferrogrão, com previsão de investimentos de R$ 9,9 bilhões, que liga Lucas do Rio Verde (MT) e Miritituba (PA), além da hidrovia do Tocantins.
Os portos do chamado Arco Norte são mais próximos dos EUA, Europa e Ásia e os investidores chineses, que já estão estudando a ferrovia que liga o Mato Grosso ao Pacífico, querem assegurar uma oferta de bens agropecuários a preços acessíveis de maneira permanente.
Se a Ferrovia Oeste-Leste não ficar pronta antes da chamada saída Norte, dificilmente será possível atrair a produção agrícola do Centro-Oeste para que ela saía pelo Porto Sul em ilhéus.
A articulação dos empreendimentos para abertura do Arco Norte foi acompanhado diretamente pela presidente Dilma Rousseff, que vê nessas ações um potencial legado logístico. É hora do governo baiano abrir os olhos e focar na conclusão das obras da Ferrovia Oeste-Leste.
Fonte:Bahiaeconômica
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