terça-feira, 1 de março de 2016

GRUPO CCR PODE SER O ÚNICO A DISPUTAR A CONCESSÃO DO AEROPORTO DE SALVADOR

Fonte:Bahiaeconômica

01/03 - 07:45hs -

 
O governo federal quer fazer a concessão do aeroporto de Salvador ainda este semestres ou no máximo no início do segundo semestre de 2016 e espera apenas que o Tribunal de Contas da União dê o aval ao processo.

O grupo CCR, que constrói o metrô de Salvador, não esconde de ninguém seu interesse em assumir a concessão do aeroporto de Salvador e já articula um consórcio com a participação de uma empresa estrangeira para participar do leilão. Tudo indica que a CCR vai se unir a empresa suíça Flughafen Zürich AG, a mesma que participou do consórcio que assumiu a concessão do aeroporto de Confins em Minas gerias. 
A Flughafen Zürich administra o aeroporto de Zurique, que movimenta 22,8 milhões de passageiros ao ano, além de aeroportos na América do Sul, como os aeroportos de Bogotá (Colômbia) e  três aeroportos chilenos.
As chances do grupo CCR ganhar o leilão da concessão do aeroporto de Salvador aumentaram muito em função dos problemas que vem enfrentando a Odebrecht com a operação Lava-Jato, o que pode afastar a empresa da disputa. A empresa Odebrecht Transport, que administra o aeroporto de Galeão (RJ), também estava interessada em obter a concessão do aeroporto de Salvador, mas dificilmente participará do leilão.

Outra empresa interessada seria a argentina Inframérica que controla o aeroporto de Natal, mas pelas regras atuais, a empresa não poderia administrar dois aeroportos no Nordeste, regra que está sendo questionada. Com o consórcio liderado pelo grupo CCR pode ser o único interessado no aeroporto de Salvador.

Segundo reportagem do jornal Valor Econômico, as operadoras estrangeiras estão reticentes em fazer consórcios com empresas envolvidas na Operação Lava-Jato e temem também que o BNDES não conceda financiamento a essas empresas.

O governo, por seu turno, estimula a participação das estrangeiras, mesmo que sozinhas, mas o mercado brasileiro é complicado para que essas empresas invistam sem base local.
 

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