Economia
Ex-presidente da
Caixa Econômica Federal, ele substitui Paulo Guimarães
Donaldson Gomes (donaldson.gomes@redebahia.com.br) 22/05/2015 08:46:00Atualizado em 22/05/2015 08:46:44
O novo secretário de Desenvolvimento Econômico da Bahia, Jorge Hereda,
toma posse hoje, às 11h, no auditório da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
Ex-presidente da Caixa Econômica Federal, ele substitui Paulo Guimarães, que
ocupou o cargo interinamente desde que o ex-secretário James Correia deixou o
cargo, no final de abril. Nesta entrevista, Hereda fala das prioridades dele no
cargo.
O
que se pode esperar do ano de 2015?
Eu acho que a situação é desafiadora. Não quero me comportar como
autista. O mundo está em crise desde 2008, quase numa crise constante. Mas o
que se vê hoje no Brasil é uma confusão entre luta política e a situação
econômica do país. Por exemplo, a baixa atividade econômica compromete o
emprego? Sim, mas a situação não está como dizem. Temos que limpar o clima de
luta política das condições objetivas. Se você pensar no ano de 2015, o cenário
pode indicar mais precaução e cuidados, mas a médio prazo os investimentos vão
continuar acontecendo. O país não parou e a Bahia prova que a dinâmica
continua. Tivemos investimentos no primeiro trimestre, protocolos assinados. As
perspectivas de investimentos na Bahia para os próximos anos são entre R$ 50 e R$ 75 bilhões, entre protocolos assinados e investimentos sendo
feitos.
O
senhor acredita que os investimentos da JAC e Foton ainda vão se concretizar?
Eu vi aqui na secretaria, ouvi do governador Rui Costa, o desejo de
priorizar isso. O meu desejo é viabilizar isso o mais rápido possível. Óbvio
que ninguém abre mão de um investimento desse tipo. Há um envolvimento grande
da equipe, do governador, que eu assumo também, no sentido de tentar
viabilizar.
Falta
as empresas fazerem a parte delas?
Não diria isto.
Existe um trabalho de construir essa equação. Tem coisas que as empresas têm
que fazer e tem todo o apoio que o estado tem dado.
Existe
dificuldade em relação à disponibilidade do recurso?
Eu não tenho ainda
esse nível de informação.
O modelo de atração de investimentos é muito focado
em desoneração de impostos e o governador já sinalizou o desejo de se afastar
deste modelo. Como o senhor vê esse cenário?
Eu acho que esta ideia de que a única motivação para uma empresa se
instalar em um lugar ou em outro baseada em isenção fiscal não é bom para
ninguém. Quando isso acaba, é possível que a empresa se transfira etc. Mas eu
também acredito que aquilo que puder ser feito para atrair empresas deve ser
feito. Quando mudar, nós nos adaptaremos. Mas enquanto a questão dos incentivos
imperar, teremos que ter capacidade de disputar.
Como o senhor vê o
projeto do Porto Sul?
É óbvio que o porto, as ferrovias, são muito importantes, como são
importantes os investimentos em energia. Não consegui ainda descer aos detalhes
em relação aos problemas, mas qualquer ação estruturante, com nível de
investimentos grandes, demanda paciência.
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