quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Ponte Salvador-Ilha de Itaparica será integrada ao sistema ferry-boat

20/08/2014 10:25

O sistema ferry-boat funcionará de forma integrada com a ponte Salvador-Ilha de Itaparica. O atual contrato de concessão dos ferries já prevê uma reformulação da operação de travessia por mar, a partir da existência da nova via. A exemplo do que já acontece em locais como o Rio de Janeiro, após a construção da ponte, as embarcações passarão a atuar como barcas para transporte de pedestres, criando mais uma alternativa para baianos e visitantes que necessitem fazer o deslocamento entre ambas as cidades. A previsão do novo cenário é da Secretaria de Planejamento da Bahia (Seplan), responsável pela estruturação do projeto do sistema viário, que contempla a ponte que unirá a capital baiana à ilha. O projeto conta ainda com a participação das secretarias estaduais de Infraestrutura (Seinfra) e Desenvolvimento Urbano (Sedur).
O Governo do Estado vem investindo na melhoria do sistema ferry-boat para oferecer maior conforto à população. Na última segunda-feira (18), dois novos ferries chegaram à Bahia e a previsão é que comecem a operar dentro de aproximadamente 20 dias. No entanto, a ampliação do sistema ferry-boat não elimina a necessidade da ponte, uma vez que a demanda de deslocamento para a ilha é muito sazonal, conforme explica Paulo Henrique de Almeida, assessor da Seplan, responsável pelo projeto da ponte.

Segundo Paulo, existe uma grande procura de deslocamento para a Ilha em períodos de férias e feriados, porém, no dia-a-dia, o fluxo de automóveis e pessoas utilizando os ferries é bem menor. Por conta disso, para o sistema atender à população de forma satisfatória nos períodos de pico, seria necessário disponibilizar um número muito grande de embarcações, que ficariam ociosas na maior parte do ano, inviabilizando economicamente o sistema. “Por isso, o ferry-boat sozinho não tem condições de realizar a travessia para a ilha, sem gerar os transtornos de filas e espera nos períodos de grande volume de passageiros”, afirma Paulo. “Além disso, o atual sistema de ferry não atende às demandas de transporte de carga (caminhões), nem de transporte de massa (ônibus)”, conclui.

Após a existência da ponte, a ideia é que os ferries permaneçam funcionando para o transporte alternativo de passageiros, facilitando a locomoção entre as cidades e ainda preservando o passeio com as belas paisagens da Baía de Todos-os-Santos. Paulo lembra que este modelo já existe no Rio de Janeiro, onde as balsas da travessia Rio-Niterói continuaram a operar, mesmo com a presença da ponte. “Para as pessoas que se deslocarão a pé da Ilha para o Centro de Salvador, ou vice-versa, continuará sendo interessante usar o ferry ou o sistema de lanchas, evitando despesas desnecessárias com combustível, pedágio e estacionamento”, observa o assessor.

O projeto
A Ponte Salvador–Ilha de Itaparica é parte de um projeto que visa permitir um novo vetor de desenvolvimento regional, pois engloba também o fechamento do anel viário do Recôncavo, integrando toda a região com a construção do empreendimento. O projeto inclui ainda a duplicação da BA-001, na Ilha, e da Ponte do Funil, requalificação da ligação entre Nazaré, Santo Antônio de Jesus e Castro Alves, e qualificação da infraestrutura viária regional.

Com 12,2 quilômetros de extensão, a ponte será a segunda maior da América Latina e ocupará a 23ª posição em um ranking mundial de pontes sobre mar, rio ou baía. De acordo com a logística do Estado, a Ponte Salvador–Ilha de Itaparica apresenta inúmeros benefícios, que vão desde a diminuição das distâncias até uma melhoria significativa na qualidade de vida da região, com redução de tempo e custos de deslocamento para os municípios afetados. Haverá também um desenvolvimento urbano planejado e desenvolvimento socioeconômico
Fonte:SECOM

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