O grupo SHC queixa-se de que o modelo decisório chinês é extremamente burocrático e sujeito a rotação de pessoas no quadro diretivo, o que levou a inúmeras mudanças no projeto e na engenharia financeira.
Após uma período em que o grupo SHC manteve a maioria das ações da JAC Motors do Brasil e o sócio chinês entraria apenas com a tecnologia, houve uma mudança no controle acionário da empresa e por exigência dos chineses foi feita a inversão da composição acionária da empresa, que passou a deter 66%, enquanto Habib ficou com 34%.
Essa modificação foi feita sob pretexto dos chineses assumirem o financiamento do empreendimento, sem ter mais necessidade de empréstimos por parte do BNDES. Ocorre que recentemente, os chineses propuseram outra modificação na sociedade, propondo uma união sui generis, em que o sócio brasileiro ficaria responsável construção da fábrica e depois passaria a operação para o sócio chinês.
A construção fisíca da fábrica na Bahia representa um investimento de R$ 150 milhões e Habbib admitiu construí-la desde que os chineses assinassem um contrato que viabilizasse a busca de financiamento. O contrato previa o aluguel pelos chineses da fábrica montada pelo grupo de Habib ao custo de R$ 15 milhões/ano por 10 anos.
O problema é que o BNDES e outros bancos não aceitam esse contrato como garantia já que a JAC Motors chinesa não tem sede no Brasil. O empresário Sérgio Habib admite até entrar com R$ 40 milhões para construir a fábrica, mas precisa que os outros R$ 110 milhões sejam financiados.
O portal Bahia Econômica ouviu o Secretário de Indústria e Comércio, James Correa, sobre o assunto que desautorizou as especulações de que a fábrica não seria construída.
“O projeto está atrasado por sucessivas mudanças por parte do sócio chinês e mais recentemente pela proposta de um modelo financeiro diferente, no qual cada sócio faria uma parte do projeto. Esse modelo financeiro provavelmente ainda vai mudar antes que seja possível consolidar uma proposta definitiva”, disse o secretário.
Correa disse também que um dos problemas foi a demora na concessão dos financiamentos, como o caso do pleito junto ao BNB que há mais de um ano analisa o projeto.
O Bahia Econômica apurou também que o empresário Sérgio Habib estaria tentando viabilizar um modelo financeiro com a participação do Banco do Brasil e Desenbahia, para construir a parte fisíca da fábrica.
De todo modo, o atual estágio de negociação da fábrica da JAC Motors na Bahia é este: o empresário Sérgio Habib constrói a fábrica com recursos próprios e os chineses operam (Bahiaeconomica)
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