Na última palestra que fiz, indagaram-me acerca das cinco principais prioridades da Bahia na área de infraestrutura. Não foi uma escolha fácil, afinal são muitos os problemas baianos nessa área, mas aceitei o desafio e listei as prioridades: ferrovia Oeste Leste, portos, especialmente o porto Sul e o porto de Aratu, a BR 324, a infraestrutura de Salvador e as rodovias de integração. A ferrovia Oeste-Leste está em andamento e esta semana chegou mais um lote de trilhos, mas é fundamental que suas obras sejam aceleradas e que ela se entronque com a ferrovia Norte-Sul, colocando a Bahia no mapa do escoamento da produção brasileira. Para que esse objetivo se realize é imprescindível viabilizar a construção do Porto Sul, que sequer começou, amarrado que está à burocracia do Ibama, e investir maciçamente no Porto de Aratu, a porta da Bahia para o mundo. A solução para Aratu é a privatização/concessão e a estadualização da Codeba, proposta por vários candidatos, só se justifica se for para viabilizar isso rapidamente. Já a situação da BR 324 é lastimável e não é possível que a única ligação rodoviária de Salvador com o Brasil esteja assim. A estrada precisa de investimentos urgentes e o governo deveria denunciar imediatamente o contrato com a Via Bahia, mas a esse assunto voltarei em outro artigo. Em relação às rodovias estruturantes, boa parte delas foram construídas ou reparadas pelo governo do Estado, mas é preciso acelerar as obras de algumas delas, especialmente aquelas previstas no PAC, a exemplo da duplicação da BR 101 – Norte, cujo edital já está na praça, e a concessão de toda BR 101 – Sul. Por fim, os investimentos na infraestrutura urbana e de mobilidade em Salvador que já apresenta importantes obras, lançadas pelo Governo do Estado e pela Prefeitura, mas que ainda demanda muito mais intervenções, a exemplo da construção de um Centro de Convenções, e de equipamentos que possam ativar o turismo e os demais ramos da economia soteropolitana.
Armando Avena
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