13/08 - 07:25hs -

Quem chega ao bairro do comércio observa a grande fila de navios
esperando a oportunidade de atracar no porto de Salvador para
desembarcar suas mercadorias, porém, a falta de estrutura do porto
inviabiliza essa operação e gera muitos prejuízos a Bahia. Segundo a
Marinha, 31 navios estão aguardando por uma operação.
O presidente da Companhia das Docas da Bahia (Codeba), José Muniz
Rebouças, em entrevista ao Correio da Bahia, minimizou o problema. “Se
existe aglomeração de navios é porque há desenvolvimento. Eu fico
satisfeito quando tem muitos navios. Mostra que estamos trabalhando para
desenvolver a Bahia”, avaliou.
No entanto, o que para ele é desenvolvimento, é visto como prejuízo pelo diretor-executivo da Associação de Usuários dos Portos da Bahia (Usuport) Paulo Roberto Villa. Segundo ele, a qualidade do sistema portuário da Bahia é inadequada para a necessidade da nossa economia. “A produtividade dos portos é muito baixa e a Bahia hoje paga caro por isso”.
Segundo dados da associação, essa ineficiência custou cerca de US$ 80
milhões aos donos de cargas só no Porto de Aratu. Este número é
calculado tendo como base a estimativa de que um dia de um navio parado
gera um custo de até US$ 25 mil (equivalente a R$ 45 mil).
No ano passado, ainda segundo a Usuport, a soma de todos os dias parados por cada navio resultou em uma espera de 3.673 dias. “O Porto de Aratu está com a capacidade saturada há 16 anos. Esta ineficiência afeta toda a nossa competitividade”.
De acordo com o coordenador do Comitê de Portos da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Sérgio Farias, problemas de logística não afetam só a Bahia, mas todo o país. “Isto impacta no encarecimento dos insumos para a produção e desencoraja novos empreendimentos”, avalia.
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