Localizada em Maragogipe e com investimentos de R$ 2, 7 bilhões, construção gera atualmente 5,5 mil empregos diretos
Maior
projeto privado da Bahia na última década, o estaleiro Enseada
Indústria Naval (unidade Paraguaçu), localizado em Maragogipe, se
encontra com cerca de 75% das suas obras concluídas. Em junho, ficou
pronta a construção do primeiro cais, que tem uma área total de 5,2 mil
metros quadrados e capacidade para receber embarcações de até 210 metros
de comprimento.
Atualmente, as equipes trabalham na conclusão da obra da oficina de corte e tratamento de chapas de aço. Ocupando
uma área de 1,6 milhão de metros quadrados, o estaleiro gera hoje 5,5
mil empregos diretos. O navio-sonda Ondina será o primeiro equipamento a
ser construído, ao custo de US$ 800 milhões.
Com
previsão de inauguração para 2015, o Enseada já iniciou a fase de
operação, construindo as sondas para exploração do pré-sal. “Hoje,
a empresa conta com contratos de aproximadamente US$ 6,5 bilhões” diz
Humberto Rangel, diretor de relações institucionais e de
sustentabilidade da Enseada.
Com investimento de R$ 2,7 bilhões, o estaleiro está sendo tocado pela
Enseada Indústria Naval - empresa formada pela Odebrecht, OAS, UTC e
Kawasaki para atuar na construção e integração de unidades offshore, como plataformas, sondas de perfuração e FPSOs
(sigla inglesa de unidades flutuantes de produção, armazenamento e
transferência).
Segundo
o secretário da Indústria, Comércio e Mineração, James Correia, o
estaleiro possui padrões de qualidade, produtividade e tecnologia
equivalente aos melhores do mundo. “É um equipamento com a mais alta
tecnologia mundial. Ele é um marco para a indústria naval brasileira”,
diz James
Capacidade plena
- Em plena atividade, o estaleiro poderá processar 36 mil toneladas de
aço por ano trabalhando em regime de turno único, o que permite uma
ampla margem de produção, para fabricação, até simultânea, de diferentes
tipos de embarcações, como sondas e FPSOs.
A Enseada tem como cliente em Maragogipe a Sete Brasil (companhia de investimentos especializada em gestão de portfólio de ativos voltados para o setor de petróleo e gás na área offshore no Brasil) para a construção de seis sondas de perfuração do pré-sal para a Petrobras.
Alem
do navio-sonda Ondina, o Enseada tem em carteira a construção de mais
cinco navios-sondas: Pituba, Boipeba, Interlagos, Itapema e Comandatuba,
com entrega escalonada até 2020.
Além
de sua presença no Recôncavo Baiano, a Enseada também atua na Unidade
Inhaúma (Rio de Janeiro), arrendado pela Petrobras em razão do contrato
para conversão dos cascos de quatro navios em plataformas FPSOs.
Meio ambiente - Segundo Rangel, a questão socioambiental é ponto primordial na implantação do equipamento. “Já foram investidos aproximadamente, R$ 40 milhões em medidas que incluem o mapeamento de espécies e manutenção de flora e fauna regionais”, diz. Ele destaca ainda a criação de viveiros com mais de 40 mil mudas de árvores nativas e iniciativas de educação ambiental voltadas para as comunidades do entorno,
De
acordo com ele, a empresa tem dado também apoio financeiro e logístico
às cooperativas locais de costureiras e maricultores, junto com a
capacitação para formação de colônias pesqueiras da Baía do Iguape e o
gerenciamento de resíduos sólidos.
Fonte: SICM
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