quinta-feira, 12 de agosto de 2010



Workshop debate Bioenergia e Meio Ambiente
As estratégias de longo prazo para a produção de biocombustíveis na Bahia foram apresentadas, nesta terça-feira (10), pelo diretor de Planejamento Econômico da Secretaria do Planejamento (Seplan), Roberto Fortuna, durante o segundo dia de debates do IV Workshop Internacional sobre Bioenergia e Meio Ambiente.
Fortuna falou do Plano Bahia 2023 e afirmou que, após as discussões entre as secretarias estaduais acerca do tema, será iniciada uma consulta com diversos setores da sociedade, incluindo pesquisadores, especialistas e membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Bahia (CDES). "Depois disso, faremos debates e workshops para, enfim, consolidarmos o plano", destacou. Na mesa redonda sobre Políticas Públicas para Biocombustíveis, o diretor da Seplan falou do panorama energético mundial dos próximos anos, lembrando a importância de levar em consideração, para o desenvolvimento das estratégias de planejamento, o fator geopolítico, o consumo elevado de reservas finitas de petróleo, a elevação das emissões de gás carbônico e as mudanças climáticas. "O Brasil, além de possuir grande incidência de raios solares, tem mais de 300 milhões de hectares de terra agricultável, com apenas 10% dessa área utilizados para o cultivo da cana e 70 milhões de hectares sendo explorados no total.
Temos um grande potencial e, na Bahia, nossas políticas públicas não são ações para um governo, mas para o Estado", salientou. Fortuna citou as ações estruturantes já implementadas pelo Estado, como os programas de Agroenergia Familiar, o BioSustentável, o Bahiabio e o programa Pólos de Biodiesel, além da Política Estadual de Apoio ao Cooperativismo, e apresentou o objetivo do Plano Bahia 2023 para o setor: “implementar um novo modelo, ambientalmente sustentável, de produção, distribuição e consumo local e regional de energia no Estado da Bahia”.Como ações estratégicas para alcançar esta meta estão a ampliação da oferta descentralizada de energia e a diversificação da Matriz Energética com apoio às fontes renováveis. “Para isso, temos que garantir que a expansão da área de agricultura energética não limite a oferta de alimentos nem gere impactos ambientais acima da razoabilidade; a viabilidade econômica; a sustentabilidade de cada fonte; o respeito à legislação de licenciamento ambiental e a inclusão social, acima de tudo.
A intenção é estruturar cadeias de Bioenergia nas mais diversas áreas: “biocombustíveis, bosques energéticos, resíduos de madeira e agrícolas, biogás, geração de eletricidade a partir de biomassa e aterros sanitários”, explicou.O Workshop, que contou com a participação de pesquisadores, empresários e representantes de instituições de todo o Brasil, discutiu alternativas sustentáveis de geração de energia. Segundo o organizador do evento, Leonardo Teixeira, a proposta do encontro é fortalecer a interação entre academia, governo, empresas e comunidade, para fomentar avanços na transformação da produção acadêmica em bens de serviços. “Em junho, realizamos uma conferência com palestrantes baianos e, agora, convidamos pessoas com destaque internacional na área de bionenergia, para discutir toda a cadeia de produção”, concluiu.Plano Bahia 2023Como será viver na Bahia em 2023? Certezas sobre o futuro, ninguém as tem, mas o Governo do Estado está elaborando estratégias para que os baianos possam viver, ao final dos próximos 13 anos, com alto padrão de qualidade, graças a uma política capaz de gerar emprego, riqueza e renda bem distribuídas. O plano Bahia 2023 prevê elevação do Estado da sexta para a segunda economia no ranking nacional, aumento dos índices econômicos e sociais, redução das diferenças territoriais, efetivação dos projetos estruturantes e estruturação da malha logística. Entre as ações, o Plano pretende fomentar ainda mais o crescimento da indústria, comércio e mineração através da descentralização do desenvolvimento no Estado e do fortalecimento de suas cadeias produtivas. Em 2009, por exemplo, 61% das empresas implantadas na Bahia foram em cidades do interior.
Texto:SEPLAN

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