sábado, 16 de janeiro de 2010

Será que somos realmente um gastador do tempo, um individuo que não sabe administrar suas ações em relação ao tempo?

Cada qual tem sua conceituação sobre o assunto...
Há muitos anos quando estudei em colégio com direção de americanos sempre ouvia comentários de que os brasileiros gostavam de deixar a tomada de posição ou decisão de qualquer assunto para depois, que invariavelmente cometíamos o grande equivoco de sempre esperar e que culturalmente éramos consumidores extravagantes e sem postura de aplicadores ou poupadores de recursos para transformar a própria economia pessoal e do estado.

O brasileiro (ainda segundo a psicologia americana daquela época) quando casava levava uma loja de enxoval e uma fartura de inutilidades, que cairia de moda e de uso. Ainda hoje com toda a evolução do mundo moderno, somos ineficientes em nosso comportamento individual e pior ainda nos serviços públicos ou privados que nos são ofertados, por excesso de burocracia, pelas irresponsabilidades de muitos profissionais a serviços de organizações pública e/ou privadas, notadamente no campo da saúde, do direito, da administração, do esporte e das ciências sociais.

Efetivamente aqui tudo demora além do necessário, além da conta e do normal e até pudemos exemplificar de coisas grandes e pequenas, como por exemplo, a Usina Hidrelétrica a ser construída no rio Xingu, planejada e desejada desde 1975 e que ainda hoje o governo trava uma luta para sair do papel, em razão de órgãos do próprio governo criar dificuldades, alterar, mudar as exigências em nome do meio ambiente... E o país precisa de energia para continuar crescendo.

Todos os anos é um corre, corre para a entrega da Declaração de Rendimentos quando é oferecido um prazo de meses pelo governo e as pessoas físicas e jurídicas deixam para a última hora. É realmente cultural, é a pobreza do raciocínio que leva a jogar o tempo fora.

Um governo não está funcionando e o gestor espera, espera e espera para alterar a composição de seu secretariado e muitas vezes não se alia ao cidadão capacitado mais não filiado a partido político.

No Brasil tudo demora mais de que nos outros lugares e como diz o ditado quando alguém enxerga além do nariz é tido como possuidor de inteligência além do normal e um privilegiado por Deus.

Comparando ações de brasileiro com o americano do EUA, encontrei em uma grande revista de circulação, uma demonstração do dia do brasileiro, onde o rendimento é inferior ao do americano (por pessoa ocupada) senão vejamos:
Média de vôos com atrasos de trinta minutos ou mais – no Brasil (SP) 14% - EUA (Nova York) 7,5%;
Tempo gasto no transito no Brasil (SP) 730 h/ano e EUA (Nova York) 304 h/ano;
Tempo médio em fila de Banco no Brasil 17 minutos (quem dera!...) e EUA 4 minutos;
Tempo médio para ser atendido em um hospital no Brasil 81 minutos (quem dera – é uma grande mentira) e EUA 60 minutos;
Tempo para abrir uma empresa – no Brasil 120 dias nos EUA seis dias;
Tempo médio para um processo ser julgado em última estância – Brasil 10 anos (só se for milagre) e nos EUA cinco anos;
Horas trabalhadas por ano no Brasil 2.170 nos EUA 1.800;
Tempo que sobra para diversão, no Brasil 1.440 h nos EUA 1.728;

É possível que o problema seja técnico ou cultural e a depender ainda do grau de instrução e ainda tem lugares onde o relógio do tempo travou... favor imaginar como é aí em sua cidade.
Afora tudo isso há ainda professores passando aos seus alunos em formação conceituação totalmente equivocada sobre o que significa rapidez, respeitabilidade, vida, defesa de fontes geradoras de emprego com sustentabilidade e respeito à natureza, priorizando pensamentos alucinados como, por exemplo, proteger a saúva mesmo que ela destrua toda sua plantação.

Gente, o presente comentário tem muito a haver com o desenvolvimento, a união dos homens em busca das melhorias sociais, de melhores serviços no fornecimento de água, luz e comunicação, ampliação e modernização das atividades inerentes a saúde, a educação, ao esporte e lazer, a infraestrutura que permita a criação de empregos, com a consequente queda dos índices de violência, enfim é a busca a cidadania.
Será que o ditado popular que diz: não deixes para amanhã o que podes fazer agora, não vale nada?
A resposta fica por sua conta e o seu sucesso pode depender de sua agilidade, rapidez dentre tantos outros fatores.

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