quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Queiram ou não a Ponte é uma questão de tempo.

É evidente que a pessoa pode ter boa instrução, ser dotado de conhecimento especializado; no entanto pode em outros segmentos ser despreparada ou até desfrutar de poucos recursos para emitir opiniões e contestar a vontade da maioria que por vezes formata posição devido ao grau de dificuldades que enfrenta em seu dia a dia, o que equivale afirmar: é a voz da experiência e da vivência no ter que esperar, no sofrer e não ter seus problemas resolvidos.

Em qualquer lugar, nada hoje é como foi ontem, foi á mutação comandada pela orquestração natural do desenvolvimento que transformou lugarejo, em vila, povoado, pequena cidade e até grande metrópole.

Escolha uma cidade qualquer, busque seu passado e siga sua história e confirmará que tudo muda, cresce, evolui (afora os casos em que ocorreu desastre ou abandono) e a mudança é uma coisa normal e habitual e pode até não ser percebida.

Dito isso não vou analisar o posicionamento de pessoas tidas como intelectuais contra o desenvolvimento e progresso do estado da Bahia, quando opina contra a Ponte Salvador a Itaparica, com alegações românticas e utópicas, pois é uma questão de tempo a sua concretização, até porque geograficamente é uma necessidade capital e de importância inquestionável.

E por falar em geografia econômica sua definição mais usual diz: “é o estudo da localização, distribuição e organização espacial das atividades econômicas na Terra. É focada em rotas comerciais e de transporte, na mobilidade, na mudança do valor de mercado imobiliário, na localização de indústrias e atividades comerciais no atacado e varejo”.
Para os estudiosos em geografia econômica podem seus conhecimentos abrangir eixos como o comércio internacional, o transporte, a agricultura, localização industrial e outras tantas atividades empresariais em parâmetros públicos ou privados.

Em meu tempo de estudante tomei conhecimento das principais áreas de atuação e estudo da geografia, tais como a Geografia humana, física,política cartográfica,turística, urbana, social,agrária, hidrográfica e certamente com a evolução, outras tantas nomenclaturas.

Daí não entender João Ubaldo(69), escritor, jornalista, roterista, professor, membro da Academia Brasileira de Letras, se posicionar contra a construção da Ponte Salvador a Itaparica, com alegações que não oferecem condições de se contrapor aos planos elaborados pelo Governo embasado em estudos pertinentes ao ramo da geografia, principalmente a econômica.

E ainda foi seguido por Luis Fernando Veríssimo(73) mais conhecido pelas crônicas e texto de humor, embora jornalista, escritor e preparador de cronicas e também por Hélio Pólvora, nascido em Itabuna, escritor.

Desconheço se os homens de letras tem conhecimento profundo em Administração, Economia e até de Geografia Econômica e não estou tentando polemizar com os mesmos, pois estou do outro lado da condição humana, daqueles que levam horas nas filas para atravessar a Baia de Todos os Santos, utilizando os ferry boat e que ficarão bem mais felizes quando atravessar a Ponte de carro, moto, ônibus... e isso será uma questão de tempo.

A maioria absoluta dos que deixa de usar esse caminho, passarão a fazê-lo e também essa maioria infelizmente não sabem quem são os senhores que vivem de memórias de um passado que nunca voltará.


Alguns dirão: é a plebe rude, analfabetos, analfabetos funcionais, pessoas de pouca cultura, formados, diplomados, mais no fundo pessoas de um pequeno universo social. Mas, uma coisa é fato, essa gente é a maioria, a que quer a Ponte, embora muitos não acreditem pois os obstáculos estão aí, de pessoas que sequer aqui residem. Paciência é a democracia.

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