O presidente da Fifa, Joseph Blatter, foi duro com o Brasil ontem, ao afirmar que é hora de o país agir para preparar-se para a Copa-2014. Sua fala está no contexto da irritação da entidade com os atrasos nas obras de estádios, aeroportos e infraestrutura no Mundial. “Convidamos o Brasil a continuar o desenvolvimento do que eles começaram [Copa]. Pelo menos votaram a lei no Congresso.
A bola está no campo deles agora para jogar. Queremos atos e não mais só palavras afirmou o dirigente. Sua resposta foi após uma pergunta ao secretário-geral Jérôme Valcke sobre suas declarações de que o país deveria levar “um chute no traseiro” para acelerar as obras. Blatter não permitiu que ele respondesse e falou sobre o assunto.
Ele afirmou que Valcke já pediu desculpas pela declaração e entende que este caso está encerrado com as autoridades brasileiras. “Situação encerrada”, disse ele, que confirmou que Valcke continua a ser o encarregado da Fifa para o Mundial. Em uma reunião na Suíça nesta semana, membros da Fifa já tinham cobrado o Brasil por causa dos atrasos nas obras para o Mundial.
Na ocasião, integrantes do COL (Comitê Organizador Local) projetaram mais gastos para aprontar estádios até a Copa das Confederações de 2013, evento que servirá de teste. Oficialmente, o comitê negou. Além da preocupação com obras em alguns estádios, as críticas ao andamento da modernização de aeroportos, ao número reduzido de hotéis e ao transporte interno local, também já tinham sido feitas.
Só na última quarta-feira os deputados aprovaram a Lei Geral da Copa, sem a liberação explícita da venda de bebidas alcoólicas durante o Mundial e a Copa das Confederações. O projeto agora segue para análise do Senado.
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