Relatório apresentado ontem pelo Tribunal de Contas da União (TCU)
mostra que, até março deste ano, a Caixa Econômica Federal liberou pouco mais de
4% dos recursos previstos para financiamento de obras de
mobilidade urbana nas cidades-sede da Copa do Mundo de 2014.
O ministro do TCU, Valmir Campelo, disse que a demora na liberação da
verba “preocupa” e que o tribunal tem alertado para o “baixo fluxo” dos
recursos.
Ele destacou, porém, que parte do atraso também deve ser atribuído
aos projetos elaborados por prefeituras e estados. “Temos alertado que o
problema não é às vezes do governo federal, é dos projetos executivos que a
própria Caixa Econômica exige. Claro, isso é financiamento, não é dinheiro
dado, é emprestado. Ela [Caixa] tem que ter a segurança desse empreendimento, do
recebimento desse empréstimo”, disse Campelo.
Ainda de acordo com o ministro do TCU, a Caixa deve acelerar os repasses.
“Pelo que estou sendo informado, a partir de agora eles vão adiantar o fluxo
disso e a Caixa vai encaminhar para o TCU para que a gente possa fazer as
liberações devidas”, declarou.
As obras de mobilidade urbana são aquelas destinadas a preparar as
cidades para receber os turistas, como ampliação e construção de vias e
transportes coletivos, como metrô e Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Esses empreendimentos são
considerados os grandes legados deixados pelo mundial nas
cidades-sedes.
Valmir Campelo apresentou os dados durante audiência na Comissão de Turismo
e Desporto da Câmara dos Deputados.
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