segunda-feira, 26 de julho de 2010


Soluções para o Porto de Salvador
Eduardo Morais de Castro Presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB).
presldencia@acbahia.com.br


É notória a transformação da Bahia. Com a maior economia do Nordeste, o Es­tado é um grande canteiro de obra. O ciclo virtuoso, alimentado pela resolução dos entraves da infraestrutura e atração de ca­pital privado, está em ebulição.
Os investimentos em infraestrutura de" vem consumir R$ 43 bilhões em três anos. A iniciativa privada investirá R$ 73,8 bilhões na indústria, segundo a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
O PIE cresceu 1,7% em plena crise de 2009 e estima-se aumento de 8% para 2010. A in­dústria baiana cresceu 13,4% no 1º trimestre deste ano, segundo o IBGE.
No entanto, os esforços para manter a eco­nomia pulsante podem ser inúteis se conti­nuarmos com o Porto de Salvador, o maior do Estado, sufocado pela falta de acesso. Além dis­so, o Terminal de contêineres está em uma área menor do que merece o potencial da Bahia.
A tendência é que o comércio internacio­nal use navios maiores e os portos precisam estar preparados para recebelos. Hoje, o Ter­minal de Salvador tem um berço de apenas 210m de comprimento e 12m de calado. A solução para o problema foi apresentada pela companhia das Docas da Bahia (codeba) e segue em análise na Agência Nacional de Transportes AquavIários (Antaq) desde ja­neIro de 2010. Também está provado pela codeba que a licitação da área em questão é inviável técnica e economicamente.
Anexar uma área de 44 mil m2 ao atual terminal, com investimentos do poder pú­blico e do Tecon Salvador - que em 10 anos de operação aumentou sua produtividade em 400% ", faria com que este alcançasse 377m de berço e 15m de calado, dando condições para receber os maiores navios do mercado.
Caso a expansão não seja feita logo, o terminal não vai garantir a competitividade esperada pelos empresários. E assim, Salvador terá um porto de segunda linha e a economia baiana será prejudicada, visto que seus insumos/produtos terão de escalar por­tos de maior capacidade, antes de virem para Salvador, gerando mais custos e perda de tempo.
Publicado no Jornal A Tarde

Nenhum comentário: