terça-feira, 29 de junho de 2010


Dilma declara preferência por Wagner

A presidenciável Dilma Rousseff (PT), que possui dois palanques no estado (PT e PMDB), mesmo sem pedir votos, deixou claro ontem na convenção do Partido dos Trabalhadores sua preferência natural pelo governador Jaques Wagner, candidato petista à reeleição no estado. Num dos pontos mais altos do discurso, onde a ex-ministra destacava a “parceria de continuidade” do governador baiano com o governo federal, Dilma não hesitou em declarar que ela, Wagner e o presidente Lula são “irmãos de alma, no mesmo projeto de transformação da Bahia e do Brasil”.

Mais uma vez a candidata petista ao Planalto trouxe um recado do presidente Lula ao governador “galego”. De acordo com ela, num diálogo por telefone, o presidente, além de enviar um abraço, disse: “Vê se ele se elege governador na Bahia”. Conforme a presidenciável, ela e Wagner foram importantes nos momentos de crise, sobretudo, no episódio do Mensalão. “Nas horas mais difíceis, Jaques Wagner e eu nos encontramos e enfrentamos uma luta da adversidade e da oposição que queria destruir o presidente Lula”.

O ato que homologou a chapa comandada pelo PT no estado ocorreu sob clima de festa da militância, influenciado pelas recentes pesquisas que colocaram Dilma na liderança da corrida presidencial no país. Na largada que oficializou os nomes de Wagner ao governo, Otto Alencar (PP) na vice, Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT) ao Senado, o ambiente era de otimismo, diante da possibilidade de vitória em primeiro turno. Juntos, o PT e outros seis partidos também homologaram as candidaturas a deputado estadual e federal.

Considerada uma das maiores estrelas do evento, a candidata à Presidência, ao citar o governador, lembrou ainda da vitória de 2006, “que com a força do povo derrotou uma oligarquia”. “Por isso, meu amigo, é importante estar aqui neste dia na luta de reafirmação de uma parceria”, acrescentou. Ela citou ainda a alegria de estar na Bahia, “estado especial no Brasil porque aqui tem início e o fim da nossa nacionalidade, onde começou a luta pela independência e onde tem um povo altivo”.

Apesar da atmosfera de empolgação, Dilma disse em entrevista coletiva, antes de iniciar a convenção, que prefere não datar o “dia da vitória” e que é preciso esperar até a eleição. “Não é prudente subir no salto alto, nem sentar antes na cadeira. O negócio é disputar primeiro a eleição”, ponderou. A petista fez questão de destacar que esteve em solo baiano antes do resultado das últimas pesquisas que a colocaram na frente de seu principal adversário, José Serra (PSDB). “A Bahia dá sorte e protege”, disse, mostrando uma pulseira com o símbolo do olho grego, presente da primeira-dama Fátima Mendonça.

Lilian Machado de A Tribuna da Bahia

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