Exportações crescem 30,7% em julho
Mesmo com a greve dos trabalhadores portuários e a desvalorização do dólar frente ao real – 4,2% só em julho – as exportações baianas cresceram 30,7% no mês de julho, em comparação a junho, alcançando um total de US$ 744,7 milhões.
“Este resultado é o melhor obtido no ano”, afirmou o presidente do PromoBahia – Centro Internacional de Negócios, Ricardo Saback, “o que reforça a percepção de que as vendas externas interromperam a trajetória de queda provocada pela crise e já apresentam os primeiros sinais de recuperação”.
A China continua sendo o maior país parceiro comercial da Bahia, com um crescimento em julho de 158,8% das exportações, em comparação com o mesmo mês do ano passado, e 31,4% em relação a junho.
Nos sete meses deste ano, a balança comercial da Bahia é superavitária em US$ 1,28 bilhão e as exportações, especificamente, acumulam US$ 3,57 bilhões, mesmo assim são 33% menores do que o mesmo período do ano passado.
Segundo o presidente do PromoBahia, foram determinantes para o bom resultado do mês de julho a retomada das exportações de petróleo e derivados (US$ 123,6 milhões), o crescimento das vendas de celulose em 40% e a performance das commodities agrícolas, principalmente soja, café e algodão, “o que até então vem impedindo uma queda maior no volume exportado pelo estado, graças ao comportamento favorável dos preços e às boas safras colhidas no início do ano”.
Setor agrícola é destaque
Com 26% de participação nas vendas deste ano, o setor agrícola lidera as exportações e é o único a apresentar incremento em relação ao ano passado: 19,5%. Seguem-se o setor de papel e celulose, com 21% de participação e queda de 8,7%, o petroquímico, com 18,5% e queda de 24%, e o metalúrgico, com 10% e queda de 56%.
O grande incremento das exportações para a China no mês de julho, de acordo com Saback, foi consequência do aumento dos embarques de soja, celulose e cobre. Até julho deste ano, além da China, cresceram as vendas para Coréia do Sul, Reino Unido, Espanha, Japão e Indonésia.
Já as importações da China caíram no mês passado (52,3%), em relação a julho de 2008, por causa das compras menores de aparelhos eletrônicos, máquinas e equipamentos. Até julho, a Bahia tem saldo de US$ 474,6 milhões com esse país. O principal mercado fornecedor para o estado no ano, até julho, foi a Argentina, seguida de Chile, Argélia, Estados Unidos e, só então, a China.
Aumento das importações com retomada da produção industrial
As importações, favorecidas pelo câmbio e pela retomada da produção industrial, cresceram 9,4% em julho, em relação a junho, atingindo também o maior valor do ano: US$ 401,4 milhões.
Depois de um primeiro semestre com um efeito cambial que incentivou o uso de insumos nacionais, o que fez com que a importação de bens intermediários caisse 47%, julho sinaliza para a retomada das compras externas no segundo semestre, alavancadas pela reação do mercado interno e pelo dólar fraco. Em 2009, as importações ainda estão 42% abaixo do mesmo período do ano anterior, totalizando US$ 2,29 bilhões.
Texto: AGECOM
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