segunda-feira, 29 de junho de 2015

Uma boa noticia para Salvador

Rua Chile será revitalizada por iniciativa privada para virar complexo turístico

Rua Chile será revitalizada por iniciativa privada para virar complexo turístico
Projeto da Fera Empreedimentos | Foto: Divulgação
O investidor mineiro Antonio Mazzafera, dono da Fera Empreendimentos, comprou 124 imóveis nos arredores da rua Chile, em parceria com a Prefeitura de Salvador, o governo estadual e o Iphan (instituto do patrimônio histórico), para se tornar “dono” da rua. O projeto é batizado de Bahia District e foi inspirado no Meatpacking District, zona inóspita de Nova York onde só funcionavam frigoríficos e que virou ponto turístico. A Rua Chile será ladrilhada com recursos do PAC e terá seus fios aterrados. "Em cinco ou sete anos, esses imóveis valerão o dobro; a região será revitalizada", disse Mazzafera à Folha de S. Paulo. Segundo a publicação, a compra e o restauro de imóveis já custaram R$ 150 milhões, apesar de ser uma aposta arriscada. O plano prevê ao menos 3 edifícios, 1 hotel de luxo, 6 restaurantes, 1 casa noturna, 2 galerias de arte e 1 estacionamento. Parte dos imóveis deverá ser alugada para empresas, enquanto que a outra será vendida, caso do residencial de dez apartamentos (um por andar) com vista para a baía de Todos os Santos. A cobertura, de R$ 2,5 milhões, já foi vendida. Os serviços de limpeza e lazer do condomínio serão prestados pelo Palace Hotel, um cinco estrelas que será inaugurado em maio de 2016 e ficará sob o controle e o comando da própria Fera Empreendimentos – só o restauro do prédio, que data de 1934 e foi palco de romances de Jorge Amado, consumiu cerca de 40% do investimento. Especialistas coletaram amostras do material original da construção para que fossem reproduzidos por fabricantes de hoje. "Até o brilho dourado típico do revestimento externo vai ser recuperado", declarou Mazzafera. Para o Iphan, essa parceria com a iniciativa privada garante que o imóvel seja preservado, e o órgão se livra de um peso. Hoje, muitos proprietários de locais tombados não têm dinheiro para restaurá-los. Nesses casos, a lei determina que o próprio Iphan banque a reforma. Por isso, muitos prédios se deterioraram com o tempo.
Bahianoticias

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