terça-feira, 2 de junho de 2015

PARALISAÇÃO DE ESTALEIRO ENSEADA TERÁ QUE SER EXPLICADA NA CÂMARA



02/06 - 07:57hs - Bahiaeconõmica

 
 
 
Com objetivo de entender e avaliar por que a obra do Estaleiro Enseada Paraguaçu está paralisada, a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados realizou visita técnica, em Maragogipe, na Bahia. A construção está parada desde outubro do ano passado, depois que a operação Lava-Jato da Polícia Federal revelou um esquema de corrupção envolvendo a empresa Sete Brasil, responsável pela contratação do estaleiro para a Petrobras.
 
O Enseada Paraguaçu foi construído para produzir sondas para perfuração de petróleo na camada do pré-sal. O estaleiro está com 83% de suas obras concluídas e até agora já foram gastos R$ 3 bilhões. O diretor de relações institucionais do Enseada, Márcio Cruz, lembrou que o estaleiro deveria estar empregando atualmente mais de 3 mil funcionários, mas conta hoje com apenas 117 pessoas encarregadas da manutenção e da segurança do local. "Não existe uma perda desse equipamento, apenas o custo de manutenção dele que não é pequeno, mas que será mantido pela empresa para assegurar que esse patrimônio esteja pronto para retomar a atividade."

Para o presidente da comissão, deputado Benjamin Maranhão (SD-PB), os contratos firmados pela Petrobras precisam ser cumpridos para evitar perdas maiores para o País. "Nós iremos convocar o presidente da Petrobras para discutir sobre esse tema. É preciso que a Petrobras tome uma posição, principalmente em relação à manutenção dos contratos com esses estaleiros. O grande problema agora não é só o financiamento, é a reafirmação por parte da Petrobras dos contratos que já foram firmados e que são juridicamente existentes."

O deputado Jorge Solla (PT-BA) defendeu a continuidade das investigações e o combate à corrupção, mas sem prejudicar o desenvolvimento de um setor importante para o País como o naval. "Não podemos permitir que o combate à corrupção, que é essencial, venha a paralisar, ou mesmo inviabilizar os investimentos na indústria naval nacional."(TB)

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