quarta-feira, 17 de junho de 2015

Infraestrutura (III)

Grupo chinês pode participar da construção da Fiol

Com R$ 1 bilhão para investir no Brasil, China Railway estuda a viabilidade de participar da construção de trecho da Oeste-Leste

Com a experiência de ter construído 67% da malha ferroviária da China, a Companhia de Engenharia Ferroviária da China (China Railway Engineering Group) pode entrar na construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste - FIOL.
 A empresa vai estudar a possibilidade de participar da construção do trecho de cerca de 500 quilômetros de trilhos, entre os municípios de Caetité, na Bahia, e Campinorte, em Goiás, para se entroncar com a Ferrovia Bioceânica, ligação entre o Brasil ao Peru que está sendo estudada pelos governos do Brasil e da China.

A companhia chinesa possui R$ 1 bilhão em caixa para investimentos no Brasil e a Bahia é um dos alvos. Tudo isso foi apresentado em reunião realizada na sede da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, entre o secretário Jorge Hereda, o subsecretário Paulo Guimarães e o vice-presidente da China Railway, Song Jingjing, durante apresentação de projetos de interesse do grupo chinês para investimentos no estado.

A Ferrovia Oeste-Leste está hoje sob a responsabilidade da Valec, empresa de construção e exploração de infraestrutura ferroviária ligada ao Ministério dos Transportes. “O trecho da FIOL, que ainda não está construído, pode ser feito pela iniciativa privada, através de capital chinês. 
O projeto inicial apontava um traçado até Figueirópolis, no Tocantins. Com a Bioceânica, a parada final deverá ser em Goiás”, diz Guimarães.

Segundo Song, a China Railway, uma das empresas mais importantes da China, começou como empresa ferroviária e hoje atua em diversas áreas de infraestrutura. “Construímos mais de 50 mil quilômetros de ferrovia em nosso país. Temos um sistema logístico extremamente moderno e eficiente. Nossa malha ferroviária é toda energizada (não usa combustível fóssil) e nossos trens podem chegar a uma velocidade média de 120 km/hora”, explicou.

OPORTUNIDADES
Durante o encontro, Guimarães apresentou ainda várias outras áreas do estado onde os chineses podem realizar investimentos. “Temos um potencial enorme na área de energia, tanto eólica como solar, além de oportunidades nos setores automotivo, petróleo e gás, portos, alimentos e bebidas e petroquímica”, disse Guimarães. 

O encontro com o vice-presidente da China Railway foi ciceroneado por Monica Fang e Frederico Hanczaryk, dirigentes do Centro de Intercâmbio Econômico e Comercial Brasil China, representação comercial que possui escritórios nas cidades chinesas de Nanjing, Pequim e Xangai.

“A nossa visita à Bahia é para estreitar o relacionamento e viabilizar a possibilidade de investimentos no Brasil. A China Railway tem interesse em projetos nas áreas de energia renovável, portos, aeroportos, rodovias e ferrovias. O primeiro passo foi dado e temos certeza que teremos investimentos do grupo na Bahia”, declarou Fang.
SICM

Nenhum comentário: