Grupo chinês pode participar da construção da Fiol
Com R$ 1 bilhão para
investir no Brasil, China Railway estuda a viabilidade de participar da
construção de trecho da Oeste-Leste
Com a experiência de ter construído 67%
da malha ferroviária da China, a Companhia de Engenharia Ferroviária da
China (China Railway Engineering Group) pode entrar na construção da
Ferrovia de Integração Oeste-Leste - FIOL.
A empresa vai estudar a
possibilidade de participar da construção do trecho de cerca de 500
quilômetros de trilhos, entre os municípios de Caetité, na Bahia, e
Campinorte, em Goiás, para se entroncar com a Ferrovia Bioceânica,
ligação entre o Brasil ao Peru que está sendo estudada pelos governos do
Brasil e da China.
A companhia chinesa possui R$ 1 bilhão
em caixa para investimentos no Brasil e a Bahia é um dos alvos. Tudo
isso foi apresentado em reunião realizada na sede da Secretaria de
Desenvolvimento Econômico, entre o secretário Jorge Hereda, o
subsecretário Paulo Guimarães e o vice-presidente da China Railway, Song
Jingjing, durante apresentação de projetos de interesse do grupo chinês
para investimentos no estado.
A Ferrovia Oeste-Leste está hoje sob a
responsabilidade da Valec, empresa de construção e exploração de
infraestrutura ferroviária ligada ao Ministério dos Transportes. “O
trecho da FIOL, que ainda não está construído, pode ser feito pela
iniciativa privada, através de capital chinês.
O projeto inicial
apontava um traçado até Figueirópolis, no Tocantins. Com a Bioceânica, a
parada final deverá ser em Goiás”, diz Guimarães.
Segundo Song, a China Railway, uma das
empresas mais importantes da China, começou como empresa ferroviária e
hoje atua em diversas áreas de infraestrutura. “Construímos mais de 50
mil quilômetros de ferrovia em nosso país. Temos um sistema logístico
extremamente moderno e eficiente. Nossa malha ferroviária é toda
energizada (não usa combustível fóssil) e nossos trens podem chegar a
uma velocidade média de 120 km/hora”, explicou.
OPORTUNIDADES
Durante o encontro, Guimarães apresentou
ainda várias outras áreas do estado onde os chineses podem realizar
investimentos. “Temos um potencial enorme na área de energia, tanto
eólica como solar, além de oportunidades nos setores automotivo,
petróleo e gás, portos, alimentos e bebidas e petroquímica”, disse
Guimarães.
O encontro com o vice-presidente da
China Railway foi ciceroneado por Monica Fang e Frederico Hanczaryk,
dirigentes do Centro de Intercâmbio Econômico e Comercial Brasil China,
representação comercial que possui escritórios nas cidades chinesas de
Nanjing, Pequim e Xangai.
“A nossa visita à Bahia é para estreitar
o relacionamento e viabilizar a possibilidade de investimentos no
Brasil. A China Railway tem interesse em projetos nas áreas de energia
renovável, portos, aeroportos, rodovias e ferrovias. O primeiro passo
foi dado e temos certeza que teremos investimentos do grupo na Bahia”,
declarou Fang.
SICM
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