quarta-feira, 9 de julho de 2014

Energia vetor importante para o desenvolvimento

Capacidade instalada solar deve ultrapassar 1GW até 2016

Estudo de empresa dos EUA aponta que os leilões devem fazer com que o país lidere a produção da energia na América Latina
A capacidade instalada solar brasileira deve ultrapassar a barreira de 1GW em 2018, aponta relatório do IHS Technology, empresa dos Estados Unidos especializada em análise de mercado. Os leilões regulados devem fazer com que o país catalise o desenvolvimento da fonte na América Latina.
De acordo com o estudo, o número deve saltar dos 39MW existentes até 2013 para 1,2GW até 2016, a maioria em plantas de larga escala. Para 2018, o IHS Technology projeta instalações anuais de 1,023GW.
O estudo parte da premissa de que o Brasil leiloará 3,5GW até 2018. Para o próximo leilão de reserva, que será realizado em outubro, a expectativa é de contratação de 500MW, com previsão de preços na casa dos R$250/MWh para este certame.
Em um futuro próximo, o valor pode baixar. "Os leilões serão altamente competitivos. Espero preços abaixo dos R$200/MWh, em linha com as ofertas de leilões anteriores, onde até então a fonte solar não conseguiu competir com a eólica", afirmou Josefin Berg, analista senior para demanda solar do IHS Technology.
Para este leilão, o estudo aponta a CPFL Renováveis e a Renova Energia, com respectivamente 600MW e 240MW no pipeline, como os players com chances de ofertarem energia a preços mais competitivos.
Berg lembra que o cenário energético desafiador, que impactam na elevação preço da energia no mercado de curto prazo, torna-se atrativo para as fontes alternativas. "Mercados como o do Brasil, que combina alto potencial com elevado preço da energia criam oportunidades para a fotovoltaica. O principal gargalo é a incerteza com relação ao preço no longo prazo, por conta de fatores meteorológicos, já que os níveis de receita não podem ser garantidos sem um contrato de compra de energia (PPA)", disse.
O Brasil é apontado como um dos mercados mais atrativos pelo IHS. O país saltou de oitavo para sexto lugar.
Fonte: Jornal da Energia

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