segunda-feira, 15 de junho de 2009


Usina hidrelétrica beneficia região Oeste

Mais desenvolvimento econômico para região Oeste da Bahia será garantido com o plano de ampliação do sistema elétrico da região, por meio da construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) de Sítio Grande, no município de São Desidério, a 887 quilômetros de Salvador. A conclusão da obra, iniciada no ano passado, está prevista para setembro e a operação comercial deve começar em outubro. Localizada no Rio das Fêmeas, a hidrelétrica terá capacidade total de 25 megawatts (MW) e energia assegurada de 19,6 MW, o que corresponde ao consumo anual dos municípios de São Desidério, Bom Jesus da Lapa e Luís Eduardo Magalhães, juntos.
No total foram investidos R$ 100 milhões nas obras de subtransmissão e distribuição de energia do Oeste baiano, com participação do Governo do Estado e do Grupo Neoenergia. Por meio da ampliação do sistema elétrico, o governo oferece à população mais qualidade no fornecimento de energia, conseqüentemente incrementa ainda mais o agronegócio do Oeste, um dos maiores produtores de grãos e algodão do Brasil.
Segundo o governador Jaques Wagner, a hidrelétrica, além do desenvolvimento econômico e do incremento na matriz energética, a usina terá baixo impacto ambiental, sem alterar o regime hidrológico da região. “O custo ambiental é muito baixo, levando-se em conta o quanto a usina irá produzir. É esse o tipo de desenvolvimento que queremos, com equilíbrio, que crie novos empregos, que gere renda, mas que não degrade o meio ambiente”, ressaltou.
Seguindo o mesmo modelo da PCH de Sitio Grande, o Oeste baiano contará com mais duas usinas hidrelétricas: a Palmeiral e a Jatobá, situadas no Rio Grande e em processo de licenciamento ambiental. A primeira terá potência de 10,3 MW e energia assegurada de 7,60 MW. A segunda a potência instalada será de 11 MW e a energia assegurada de 8,06 MW.
De acordo com o presidente da Neoenergia, Marcelo Correia, até 2010 serão construídas pela Coelba quatro subestações e 1,1 mil quilômetros de linhas de subtransmissão e distribuição. As subestações serão implantadas em Luís Eduardo Magalhães, Cocos, Jaborandi e em Formosa do Rio Preto. Correia explica que os investimentos irão proporcionar mais qualidade no fornecimento de energia, atendendo as áreas de irrigação, moradores e agroindústria. “Com estas usinas vamos conseguir estabilizar as tensões do sistema elétrico e oferecer à população um serviço de qualidade com baixo custo”, afirmou. Em todo estado baiano, mais de R$ 275 milhões são investidos em sistemas de energia.
Luz Para Todos
A construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) em Sítio Grande gerou emprego para aproximadamente 600 pessoas, sendo que 30% da mão de obra é do município de São Desidério. “As contribuições imediatas de um empreendimento como este é a geração de emprego e renda e o desenvolvimento do agronegócio da cidade”, afirmou o prefeito de São Desidério, Zito Barbosa.
Com o novo sistema de energia, o programa Luz Para Todos, do governo federal também será ampliado. De acordo com o presidente da Coelba, Moisés Sales, 11 povoados de São Desidério serão atendidos com o programa, beneficiando 237 famílias, com um investimento de R$ 1,9 milhão. Até 2010, o programa Luz Para Todos beneficiará mais de 235 mil baianos que vivem na zona rural. O objetivo do programa é atender, principalmente, as famílias de baixa renda, moradoras de localidades de menor Índice de Desenvolvimento Humano.
Mais ações
O Governo do Estado, algumas em parceria com o governo federal, tem realizado obras importantes na região Oeste, acelerando ainda mais o desenvolvimento da região, como a Ferrovia Oeste-leste, que facilitará o escoamento da produção de grãos, minério de ferro e seus derivados, biocombustíveis, fertilizantes e derivados do petróleo.
A ferrovia terá 1,5 mil quilômetros de Ilhéus a Figueiropólis, em Tocantins. A previsão é que o primeiro trecho, Ilhéus (Sul) a Caetité (Sudoeste baiano), seja concluído em julho de 2011; do segundo, de Caetité a Correntina/Barreiras (Oeste baiano), em julho de 2012; e do terceiro, de Correntina/Barreiras a Figueirópolis (TO), em dezembro de 2012.
A região, que representa 60% da área plantada de grãos do estado, ainda está sendo beneficiada com ações o primeiro posto de fiscalização da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), localizado na rodovia Barreiras/Luís Eduardo Magalhães. O posto foi construído em parceria com a iniciativa privada. Houve também implantação de duas barreiras sanitárias nos municípios de Formosa do Rio Preto e Santa Rita de Cássia, que estão em processo de contratação de serviços.
Outra obra importante para o Oeste baiano é a recuperação das BRs 020 e 242, principais rodovias federais no estado e importantes vias de escoamento de produção agrícola da região. As rodovias serão recuperadas por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O investimento será de R$ 196,5 milhões.
Além disso, o governo estadual está atuando nas rodovias do Oeste, realizando serviços de manutenção rotineira. Dentro das intervenções, destaca-se a recuperação do Anel da Soja, com 398,6 quilômetros de extensão. O investimento para atender às BAs 459, 460, 461 e 462 foi de R$ 6,7 milhões, oriundos dos cofres do Estado, e possibilitou a execução de obras emergenciais nas rodovias, com restauração em lama asfáltica e recuperação com revestimento primário.
Texto:AGECOM

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