Noticias oficiais do Governo da Bahia.
O PIB da Bahia cresceu 0,6% no primeiro trimestre de 2009, em relação ao mesmo período do ano anterior. O setor de serviços, o mais importante na agregação de valor ao PIB estadual, com cerca de 60% da estrutura produtiva, foi o que mais contribuiu positivamente, com crescimento de 2,8%. O setor agropecuário cresceu 2,2%, em função do bom desempenho das safras do período. Já o setor industrial, com queda de 3,7%, é o que mais vem sofrendo os efeitos da crise mundial, que afeta, sobretudo, os setores dependentes dos mercados nacional e internacional.
Os cálculos são realizados pela equipe de Contas Regionais da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada a Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan). “Apesar da queda do segmento industrial, o resultado confirma as expectativas iniciais feitas pela equipe de contas regionais da SEI, que indicavam que a Bahia deveria registrar um leve incremento no PIB no primeiro trimestre de 2009, diferente do que aconteceu com o PIB brasileiro nesse mesmo período”, diz o diretor geral da SEI, Geraldo Reis
O IBGE divulgou na terça-feira (9) a queda de 1,8% do PIB Brasil do primeiro trimestre de 2009 em relação ao mesmo período de 2008. Em relação ao trimestre final de 2008, a retração do País foi de 0,8% (número que não tem comparativo no âmbito estadual devido a restrições metodológicas).
“No trimestre final de 2008, a Bahia teve crescimento de 1,3% em sua economia, em relação mesmo período do ano anterior. Isso nos dá uma indicação de que nossa economia não deixou de crescer, mas está em um ritmo bem menor do que tínhamos antes da crise”, explica o diretor.
Setores
O setor industrial (-3,7%), sobretudo nos segmentos voltados à exportação, foi o mais afetado pela crise mundial. A indústria de transformação do Brasil apresentou uma queda na produção da ordem de 12,6% no acumulado dos primeiros três meses do ano em comparação ao igual período de 2008. Na Bahia, nesse mesmo período, a queda foi de aproximadamente 10,6%. Como a construção civil ainda registrou um incremento de 6,2% no primeiro trimestre, o setor industrial como um todo teve sua retração amenizada.
“A diminuição na demanda internacional, grande consumidora dos produtos fabricados pelas unidades industriais da Bahia, mas também o menor ritmo da indústria brasileira, especialmente a localizada no Sudeste, ajudam a explicar a queda no desempenho da indústria baiana de transformação”, avalia Reis. Em função dessa perda de dinamismo, houve redução de 1,6% no trimestre no número de ocupados na indústria geral primeiro trimestre do ano, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salários (PIMES, 2009) do IBGE.
A construção civil foi o único entre os setores industriais que apresentou resultado positivo, confirmando o bom momento do setor na Bahia, que está diretamente relacionado ao crescimento imobiliário da Região Metropolitana de Salvador. Ao longo do primeiro trimestre, saldo é de 2.463 novos postos de trabalho no setor, resultado 2,4% maior que o registrado no primeiro trimestre de 2008. O bom desempenho da construção civil ajudou a frear o ímpeto recessivo dos demais segmentos do setor industrial no primeiro trimestre de 2009.
O setor de serviços (2,8%), o de maior peso na estrutura produtiva do estado, contribuiu decisivamente para o pequeno crescimento do PIB baiano, capitaneado pelo comércio (3,8%), administração pública (4,5%) e por segmentos ligados à atividade turística, a exemplo do setor de alojamentos (3,2%).
Arrecadação
O comércio, apesar da taxa positiva, vem desacelerando seu volume de vendas, com repercussão na arrecadação de impostos, como o ICMS, que teve sucessivas quedas no trimestre. Em abril e maio, a arrecadação estadual já voltou a crescer, reagindo aos incentivos do Governo Federal (crédito para montadoras, redução de IPI nas vendas de veículos e desoneração fiscal para os ramos de material de construção e eletrodomésticos).
O aumento na arrecadação de ICMS em maio foi de 7,67% frente ao mês imediatamente anterior e de 6,98% em relação a maio de 2008. Logo em março, as vendas de veículos, motos e peças responderam aos incentivos com incremento de 20,4%, acumulando, no primeiro trimestre, expansão de 7,6%.
Comércio exterior
Ainda no setor de serviços, o comércio exterior baiano registrou superávit de aproximadamente US$ 500 milhões no período, apesar da conjuntura internacional desfavorável. O Promo registrou queda generalizada nas exportações (32%) e nas importações (52,6%), fazendo a corrente de comércio exterior baiano retrair 42%. Houve queda nas encomendas de commodities e produtos intermediários, que agregam os principais itens da pauta de exportações da Bahia.
As maiores retrações nas vendas foram de petróleo e seus derivados, produtos metalúrgicos e petroquímicos e veículos automotores, devido à redução drástica no comércio no âmbito do Mercosul. As vendas de papel e celulose tiveram expansão de quase 10%, consolidando o segmento como o mais importante da pauta de exportações da Bahia.
Os produtos agrícolas apresentaram bons desempenhos no comércio exterior. A soja e seus derivados experimentaram um crescimento de mais de 300% nas vendas e o algodão e seus subprodutos, expansão de 126%. Entretanto, justamente esse dois produtos agrícolas devem apresentar uma queda na produção em 2009, conforme evidenciam os dados do LSPA do IBGE: a colheita de soja estimada para 2009 deverá ser 8,6% menor do que em 2008. Parte relevante dessa expansão está relacionada ao incremento nos preços desses produtos no cenário internacional.
Segundo a equipe de Contas Regionais da SEI, a questão mais preocupante em relação ao desempenho do comércio internacional está relacionada à diminuição nas exportações de produtos manufaturados, em função do alto valor agregado, e da contribuição para o resultado das exportações da Bahia.
O setor agropecuário cresceu 2,2% em função do bom desempenho das safras que são normalmente colhidas no primeiro trimestre, a exemplo do feijão (12%), milho (4,1%) e cacau (1,7%). Na contramão, houve queda na produção de importantes culturas como a soja (-8,6%), a mandioca (-7,6%) e cana-de-açúcar (-4,7%). As estimativas do Levantamento Sistemático da produção Agrícola (LSPA/IBGE) apontam que em 2009 a safra de grãos do estado será de aproximadamente seis milhões de toneladas, segunda melhor da história da Bahia. Contudo, a safra de 2009 ainda será 2,6% menor que a registrada em 2008, a maior de todos os tempos.
O PIB da Bahia cresceu 0,6% no primeiro trimestre de 2009, em relação ao mesmo período do ano anterior. O setor de serviços, o mais importante na agregação de valor ao PIB estadual, com cerca de 60% da estrutura produtiva, foi o que mais contribuiu positivamente, com crescimento de 2,8%. O setor agropecuário cresceu 2,2%, em função do bom desempenho das safras do período. Já o setor industrial, com queda de 3,7%, é o que mais vem sofrendo os efeitos da crise mundial, que afeta, sobretudo, os setores dependentes dos mercados nacional e internacional.
Os cálculos são realizados pela equipe de Contas Regionais da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada a Secretaria do Planejamento do Estado (Seplan). “Apesar da queda do segmento industrial, o resultado confirma as expectativas iniciais feitas pela equipe de contas regionais da SEI, que indicavam que a Bahia deveria registrar um leve incremento no PIB no primeiro trimestre de 2009, diferente do que aconteceu com o PIB brasileiro nesse mesmo período”, diz o diretor geral da SEI, Geraldo Reis
O IBGE divulgou na terça-feira (9) a queda de 1,8% do PIB Brasil do primeiro trimestre de 2009 em relação ao mesmo período de 2008. Em relação ao trimestre final de 2008, a retração do País foi de 0,8% (número que não tem comparativo no âmbito estadual devido a restrições metodológicas).
“No trimestre final de 2008, a Bahia teve crescimento de 1,3% em sua economia, em relação mesmo período do ano anterior. Isso nos dá uma indicação de que nossa economia não deixou de crescer, mas está em um ritmo bem menor do que tínhamos antes da crise”, explica o diretor.
Setores
O setor industrial (-3,7%), sobretudo nos segmentos voltados à exportação, foi o mais afetado pela crise mundial. A indústria de transformação do Brasil apresentou uma queda na produção da ordem de 12,6% no acumulado dos primeiros três meses do ano em comparação ao igual período de 2008. Na Bahia, nesse mesmo período, a queda foi de aproximadamente 10,6%. Como a construção civil ainda registrou um incremento de 6,2% no primeiro trimestre, o setor industrial como um todo teve sua retração amenizada.
“A diminuição na demanda internacional, grande consumidora dos produtos fabricados pelas unidades industriais da Bahia, mas também o menor ritmo da indústria brasileira, especialmente a localizada no Sudeste, ajudam a explicar a queda no desempenho da indústria baiana de transformação”, avalia Reis. Em função dessa perda de dinamismo, houve redução de 1,6% no trimestre no número de ocupados na indústria geral primeiro trimestre do ano, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salários (PIMES, 2009) do IBGE.
A construção civil foi o único entre os setores industriais que apresentou resultado positivo, confirmando o bom momento do setor na Bahia, que está diretamente relacionado ao crescimento imobiliário da Região Metropolitana de Salvador. Ao longo do primeiro trimestre, saldo é de 2.463 novos postos de trabalho no setor, resultado 2,4% maior que o registrado no primeiro trimestre de 2008. O bom desempenho da construção civil ajudou a frear o ímpeto recessivo dos demais segmentos do setor industrial no primeiro trimestre de 2009.
O setor de serviços (2,8%), o de maior peso na estrutura produtiva do estado, contribuiu decisivamente para o pequeno crescimento do PIB baiano, capitaneado pelo comércio (3,8%), administração pública (4,5%) e por segmentos ligados à atividade turística, a exemplo do setor de alojamentos (3,2%).
Arrecadação
O comércio, apesar da taxa positiva, vem desacelerando seu volume de vendas, com repercussão na arrecadação de impostos, como o ICMS, que teve sucessivas quedas no trimestre. Em abril e maio, a arrecadação estadual já voltou a crescer, reagindo aos incentivos do Governo Federal (crédito para montadoras, redução de IPI nas vendas de veículos e desoneração fiscal para os ramos de material de construção e eletrodomésticos).
O aumento na arrecadação de ICMS em maio foi de 7,67% frente ao mês imediatamente anterior e de 6,98% em relação a maio de 2008. Logo em março, as vendas de veículos, motos e peças responderam aos incentivos com incremento de 20,4%, acumulando, no primeiro trimestre, expansão de 7,6%.
Comércio exterior
Ainda no setor de serviços, o comércio exterior baiano registrou superávit de aproximadamente US$ 500 milhões no período, apesar da conjuntura internacional desfavorável. O Promo registrou queda generalizada nas exportações (32%) e nas importações (52,6%), fazendo a corrente de comércio exterior baiano retrair 42%. Houve queda nas encomendas de commodities e produtos intermediários, que agregam os principais itens da pauta de exportações da Bahia.
As maiores retrações nas vendas foram de petróleo e seus derivados, produtos metalúrgicos e petroquímicos e veículos automotores, devido à redução drástica no comércio no âmbito do Mercosul. As vendas de papel e celulose tiveram expansão de quase 10%, consolidando o segmento como o mais importante da pauta de exportações da Bahia.
Os produtos agrícolas apresentaram bons desempenhos no comércio exterior. A soja e seus derivados experimentaram um crescimento de mais de 300% nas vendas e o algodão e seus subprodutos, expansão de 126%. Entretanto, justamente esse dois produtos agrícolas devem apresentar uma queda na produção em 2009, conforme evidenciam os dados do LSPA do IBGE: a colheita de soja estimada para 2009 deverá ser 8,6% menor do que em 2008. Parte relevante dessa expansão está relacionada ao incremento nos preços desses produtos no cenário internacional.
Segundo a equipe de Contas Regionais da SEI, a questão mais preocupante em relação ao desempenho do comércio internacional está relacionada à diminuição nas exportações de produtos manufaturados, em função do alto valor agregado, e da contribuição para o resultado das exportações da Bahia.
O setor agropecuário cresceu 2,2% em função do bom desempenho das safras que são normalmente colhidas no primeiro trimestre, a exemplo do feijão (12%), milho (4,1%) e cacau (1,7%). Na contramão, houve queda na produção de importantes culturas como a soja (-8,6%), a mandioca (-7,6%) e cana-de-açúcar (-4,7%). As estimativas do Levantamento Sistemático da produção Agrícola (LSPA/IBGE) apontam que em 2009 a safra de grãos do estado será de aproximadamente seis milhões de toneladas, segunda melhor da história da Bahia. Contudo, a safra de 2009 ainda será 2,6% menor que a registrada em 2008, a maior de todos os tempos.
Texto:AGECOM
Nenhum comentário:
Postar um comentário