Saúde
"Um dos objetivos
do processo de reestruturação e descentralização da saúde no Estado é
evitar que os pacientes precisem ir para a capital, Região Metropolitana
de Salvador (RMS) ou cidades-polo". A afirmação do secretário estadual
da Saúde, Fábio Vilas-Boas, feita durante visita ao Núcleo Regional de
Saúde do Sudoeste, em Vitória da Conquista, nesta segunda-feira (26),
reflete uma das diretrizes da gestão.
Para tornar isto realidade, uma das
soluções apontadas pelo secretário é a criação de consórcios
intermunicipais de saúde. "Os consórcios evitam que os pacientes dos
municípios do entorno de uma cidade-polo sobrecarreguem uma unidade de
saúde. Hoje, na maioria das vezes que um município toma a decisão de
construir um hospital, com infraestrutura e atendimento adequado,
rapidamente fica sobrecarregado porque pacientes de outras localidades
usam o equipamento, mas as prefeituras beneficiadas não rateiam os
custos", explica Vilas-Boas.
Segundo o prefeito de Vitória da
Conquista, Guilherme Menezes, a cidade é referência para 73 municípios
da Bahia, além de cidades do norte de Minas Gerais. A diretora do
Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC), Marilene Ferraz, afirma
que "aqui atendemos cerca de três mil pacientes por mês, sendo que 80%
dos casos são de baixa complexidade. Isso significa que poderiam ser
atendidos em unidades de menor complexidade, como UPAs [Unidades de
Pronto-Atendimento], nos próprios municípios da região, sem a
necessidade de deslocamentos”.
Extinção das Dires
Ao conhecer a sede do Núcleo Regional
de Saúde do Sudoeste, o secretário ressaltou que a extinção das 31
Diretorias Regionais de Saúde foi acertada. “As Dires foram criadas em
1973, em um contexto de sociedade muito mais atrasado tecnologicamente
do que o que vivemos hoje em dia”.
Com a extinção das Dires, cerca de 700
profissionais de saúde poderão atuar de forma direta na prestação de
serviços para a comunidade. "Uma das ações planejadas é fazer com que os
mais de 50 dentistas possam atender nas escolas, enquanto que outros
profissionais de saúde iriam para unidades de assistência, como
hospitais, mas tudo de forma democrática e com diálogo", afirma
Vilas-Boas.
O prefeito Guilherme Menezes concorda
com as iniciativas que visam gastar menos com burocracia, prédios e
energia para que se possa realocar em medicamentos, salários,
equipamentos e serviços para a população. "Essa sintonia de ações para
se evitar desperdício de tempo e otimizar recursos é sinal de dias mais
produtivos para a saúde na Bahia”.
Fonte:Secom
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