Os dirigentes e técnicos da Secretaria do Turismo (Setur) e da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (CONDER) apresentaram, nesta quarta-feira (30), o cronograma das obras da Feira de São Joaquim aos feirantes e trabalhadores que atuam no local, durante encontro realizado no Clube da Codeba, em Salvador. A reunião também contou com a presença de representantes do Ministério Público, Sebrae, Superintendência de Patrimônio da União (SPU) e da própria Codeba, que são parceiros do governo baiano na iniciativa.
De acordo com informações da Setur e da CONDER, a primeira etapa da obra, que consiste na reforma da área de atacadistas e grossistas e na construção de um galpão em uma área da Codeba, será concluída no início da segunda quinzena de dezembro. Em seguida, no dia 5 de janeiro de 2012, os feirantes começarão a ser transferidos para o espaço, em sistema de revezamento.
A segunda etapa, que prevê obras na área da enseada, já está em fase de licitação, na CONDER, e a abertura das propostas está prevista para o dia 9 de janeiro do próximo ano. Já a terceira etapa está dividida em seis fases que preveem a instalação de uma completa infraestrutura e novas unidades comerciais. A conclusão total da obra está prevista para o primeiro semestre de 2014.
No início de 2010, foram cadastrados 2.215 estabelecimentos, entre boxes e bancas. Destes, 800 boxes serão demolidos e reconstruídos. Outros 250 passarão por reformas e 150 boxes serão mantidos com pequenos reparos, pois estão em bom estado de conservação.
Durante a exposição para um grupo de mais de 500 feirantes, o secretário de Turismo, Domingos Leonelli, ressaltou a importância cultural da Feira de São Joaquim e disse que os objetivos da reforma são os de garantir a permanência do equipamento e possibilitar que o local se torne um polo de visitação turística. "É preciso garantir boas condições de funcionamento e trazer novos fregueses para a feira, que são os turistas. São Joaquim é um importante centro de abastecimento, e também um dos nossos patrimônios culturais", disse.
O presidente da CONDER, Milton Villas-Bôas, explicou que o galpão onde os feirantes ficarão provisoriamente no sistema de revezamento, terá 221 boxes, incluindo 39 restaurantes e 142 bancas (estruturas móveis). Já a área do estacionamento, que também integra a área de remanejamento, terá 54 boxes e mais 50 bancas, paletes e pedras (estruturas móveis), além de sanitários, setor de administração e área de carga e descarga.
A feira possui uma área de 38 mil metros quadrados e foi cedida provisoriamente ao Governo da Bahia pela Superintendência de Patrimônio da União, enquanto o local estiver em obras. Após a reforma, será definido o órgão que ficará responsável pela gestão do equipamento.
Feirantes aprovam iniciativa
Os trabalhadores de São Joaquim que acompanharam a exposição feita pela Setur e pela CONDER saíram satisfeitos da reunião. O presidente do sindicato que representa os feirantes, Marcílio Costa, disse que o cronograma e a forma como será conduzida a obra agradaram a maioria das pessoas que trabalham no espaço.
Com mais de 40 anos dedicados à feira, desde o tempo em que se chamava Água de Meninos, o comerciante Nilton Ávila comemorou. "Nunca houve atenção do poder público para o nosso local de trabalho. Eu creio que essa reforma vai deixar a feira mais bonita e limpa", disse.
O feirante e lutador de Jiu Jitsu, Jackson Paim Junior, disse que representa a terceira geração de sua família na Feira de São Joaquim e que conhece outros espaços, mas nenhum se iguala ao equipamento baiano. "Com as competições de que participo, tive a oportunidade de conhecer feiras no mundo inteiro e garanto que nenhuma tem tanta magia quanto São Joaquim. Nós acreditamos nesta reforma e vamos colaborar para tornar este lugar conhecido em todo o mundo", afirmou.
Fonte:CONDER
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