sábado, 24 de dezembro de 2011

Economia


Estrangeiros adquirem empresa e barram superelétrica no país


O plano de criação de uma “superelétrica” brasileira ficou praticamente enterrado ontem com a venda de 21,5% da EDP (Energias de Portugal) para a CTG (China Three Gorges, Três Gargantas) por R$ 6,5 bilhões.

 A Folha apurou que a Cemig já mantinha negociação anteriormente com a EDP pela compra de seus ativos no Brasil (as distribuidoras Bandeirantes e Escelsa).
 O objetivo era criar um “cinturão” energético no Sudeste.

Esse “cinturão” incluiria ainda a Ampla e a Coelce, controladas pelos espanhóis da Endesa. Juntas, elas distribuiriam mais energia do que produz Itaipu Binacional.

Caso se tornasse sócia da EDP, fazendo parte do controle da companhia de energia portuguesa, os planos da Cemig de criar uma “superelétrica” ficariam mais fáceis.

Mas, com a vitória da CTG, que constrói na China a maior hidrelétrica do mundo, são mínimas as chances de que a EDP venda seus ativos no Brasil, onde o mercado está em franca expansão.
 Pelo acordo anunciado ontem, os chineses investirão R$ 4,8 bilhões até 2015 na EDP.
 Nesse período, os portugueses terão de investir a mesma quantia como contrapartida. Para isso, já fecharam um compromisso firme de financiamento junto a uma instituição financeira chinesa também no valor de R$ 4,8 bilhões com prazo de pagamento de 20 anos.

FOLGA - Com o financiamento, a EDP conseguiu ainda uma folga de dois anos para a cobertura de suas necessidades de financiamento, baixando o endividamento para níveis considerados sustentáveis até meados de 2015, algo que abre caminho para novos financiamentos.

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