sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Em crise, Itália e Grécia encabeçam lista da corrupção na zona do euro


Por Bloomberg, publicado em Valor Econômico

A Itália e a Grécia, países entre os mais afetados pela atual crise da dívida, obtiveram os piores resultados da zona do euro em um ranking global de corrupção divulgado anteontem pela ONG Transparência Internacional.

A Itália ficou na 69ª posição e a Grécia, em 80º na lista, composta por 183 países. Em 2010, as duas nações europeias estavam em 68º e 78º lugar, respectivamente.

O índice mede a percepção dos níveis de corrupção no setor público dos países, com base em levantamentos feitos por institutos independentes. Essas pesquisas medem questões relativas ao ambiente de negócios, à corrupção de servidores, propinas em contratos públicos, desvio de recursos e a eficácia de medidas anticorrupção.

Segundo o entidade, sediada em Berlim, italianos e gregos mostraram "incapacidade para lidar com a corrupção e a evasão fiscal". A Irlanda, outro país que precisou recorrer a ajuda financeira, caiu cinco posições, para 19º lugar.

"Os países da zona do euro que passaram por crises de dívida, em parte porque as autoridades falharam em enfrentar o suborno e a evasão fiscal que são os principais impulsionadores da crise, estão entre os piores desempenhos dos países da União Europeia [no ranking]", disse o grupo no relatório.

O mergulho da Europa na crise expôs o fracasso de governos endividados em aumentar a receita e evitar duras medidas de austeridade, levando à queda de alguns governos. O premiê italiano Silvio Berlusconi e o grego George Papandreou perderam seus cargos.

A Nova Zelândia manteve a posição de país menos corrupto, seguida por Dinamarca, Finlândia e Suécia. Entre os latino-americanos, os melhores desempenhos são do Chile (22º) e do Uruguai (25º). O Brasil teve sua nota melhorada, mas perdeu quatro posições com a entrada países caribenhos na lista. O país figura em 73º lugar, logo à frente da China. Já a Argentina ficou em 100º. A Venezuela (172º) teve o pior desempenho na América do Sul. Os últimos colocados são Somália e Coreia do Norte, estreante no ranking.

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