terça-feira, 13 de dezembro de 2011

BNDES aprova crédito de R$ 1,8 bilhão para 26 parques eólicos no Nordeste


• Aprovações totais para o segmento atingem R$ 3,3 bi neste ano, com alta de 275% em relação a 2010

A Diretoria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamentos para a construção de 26 parques eólicos, todos no Rio Grande do Norte, no valor total de R$ 1,8 bilhão, destinados a quatro projetos distintos. Os empreendimentos somarão potência instalada de 628,8 megawatts e demandarão investimentos totais de R$ 2,6 bilhões.

Com os novos financiamentos, o total de recursos aprovados este ano para parques eólicos totaliza R$ 3,3 bilhões, o maior valor já aprovado pelo Banco e 275% superior às aprovações do ano passado, de R$ 1,2 bilhão.

Entre os méritos dos empreendimentos apoiados pelo Banco estão a diversificação da matriz energética brasileira com uma fonte renovável, sem risco hidrológico, e os benefícios ambientais. Os parques contribuirão para a redução das emissões de gases de efeito estufa por MW/hora de energia gerada no sistema interligado. Os projetos possuem um potencial de geração de créditos de carbono.

Os parques também terão impacto positivo sobre a dinamização das regiões, uma vez que aumentarão a arrecadação de impostos e diversificarão as atividades econômicas das áreas, que apresentam pouco desenvolvimento econômico e social.



Os projetos estão divididos da seguinte forma:

União dos Ventos – Os 10 parques eólicos, que compõem o empreendimento União dos Ventos, serão instalados nos municípios de Pedra Grande e São Miguel e terão potência instalada de 169,6 MW e sistema de transmissão associado. O financiamento do BNDES, de R$ 557,1 milhões, equivale a 73,8% do valor total dos investimentos, de R$ 754,6 milhões.

Os recursos serão destinados às dez sociedades de propósito específico (SPEs) criadas pelas empresas Ventos Potiguares e Serveng Energias Renováveis – controladas pelo Grupo Soares Penido – para gerir cada um dos parques eólicos. As SPEs já possuem contrato de 20 anos com a Cemig para a comercialização da energia a ser gerada. As SPEs são independentes entre si, o que implica a liberação dos recursos, por parte do Banco, para cada um dos empreendimentos separadamente.

Projeto São Bento – O Grupo Galvão receberá financiamento do BNDES no valor de R$ 282 milhões para construção de quatro parques eólicos, denominados Projeto São Bento, que fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Instalados em São Bento do Norte, região do semi-árido nordestino, os parques terão potência instalada de 94 MW e serão conectados diretamente ao Sistema Interligado Nacional.

O apoio do Banco corresponde a 70,27% do valor dos investimentos, de R$ 401,4 milhões. Os recursos serão destinados a obras civis, à aquisição de equipamentos nacionais, em especial aerogeradores e a subestação, além da construção do sistema de transmissão associado.

Os parques eólicos são controlados pelas seguintes sociedades de propósito específico, criadas especialmente para a gestão dos projetos: Boa Vista; Farol; São Bento do Norte; e Olho D’água.

As SPEs realizarão investimentos socioambientais – além das exigências do licenciamento ambiental –, no valor de R$ 1,4 milhão, totalmente financiados pelo BNDES. Tais investimentos integram a política do Banco de desenvolvimento sustentável no entorno dos projetos.

Asa Branca – O Complexo Eólico Asa Branca, da Contour Global do Brasil, instalará cinco parques com apoio do Banco de R$ 453,1 milhões e com potência instalada de 160 MW. Os parques serão construídos nos municípios de João Câmara, Jandaíra e Parazinho, que integram o semi-árido do Rio Grande do Norte. A Contour investirá R$ 600 milhões em todo o projeto, que vai criar 800 empregos entre diretos e indiretos.

DESA Morro dos Ventos – O grupo DESA Eólicas S/A teve financiamento aprovado pelo Banco no valor de R$ 555 milhões para a construção de sete parques eólicos. Os parques terão potência instalada de 205,2 MW. O valor total do investimento será de R$ 818 milhões, recursos que possibilitarão a criação de 1.190 empregos, diretos e indiretos, durante as obras. Os empreendimentos serão instalados nos municípios de João Câmara e Parazinho.


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