Romulo Faro
Tribuna da Bahia
Encerra no próximo sábado (6) o prazo de 45 dias para resultado final do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), realizado pela Secretaria de Planejamento do Estado (Seplan), para definir o modal de transporte do plano de mobilidade urbana de Salvador. Enquanto isso, os R$ 570 milhões necessários para construção dos corredores exclusivos para Bus Rapid Transit (BRT) ao longo da Avenida Paralela, garantidos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa do Mundo, continuam aguardando autorização do governo do estado para que a Caixa Econômica Federal libere os recursos.
“A Prefeitura (do Salvador) deu entrada no projeto, mas depende do governo do aval do governo do estado, que é o tomador do empréstimo”, disse ontem o ministro das Cidades, Mário Negromonte, em entrevista à Tribuna.
Vale lembrar também que o prazo para licitação dos projetos de mobilidade de todas as 12 cidades-sede da Copa, estipulado pela presidente Dilma Rousseff (PT), encerra no próximo dia 31 de dezembro. E o prazo de finalização das obras é 31 de dezembro de 2013. Negromonte não quis botar lenha na fogueira sobre as declarações da coordenadora do Grupo Executivo de Acompanhamento do PAC (Gepac), ministra Miriam Belchior, de que, também por ordem de Dilma, os projetos-base das capitais não devem ser alterados.
No resultado parcial do PMI do governo estadual, foi anunciado a possibilidade de implantação de um modal à base de trilhos. “O governador (Jaques Wagner) tem prestígio com a presidenta Dilma, com a ministra Miriam e é meu amigo, nós somos da base do governo. As conversas estão acontecendo”, esquivou-se o ministro baiano.
O temor instalado em Salvador se dá exatamente pelos prazos e o BRT surge, segundo especialistas, como a melhor opção para a cidade. O chefe da Casa Civil de Salvador, João Leão, já declarou reiteradas vezes que não há mais tempo para se pensar outro modal, tendo em vista que o projeto dos ônibus modernos está completamente pronto para ser licitado.
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