Um levantamento realizado entre junho e julho deste ano nos sanitários públicos dos 15 aeroportos que servirão às 12 cidades-sedes da Copa 2014 mostra problemas como falta de manutenção, consumo excessivo de água, sanitários danificados e até ferrugem e restos de fezes em alguns dos sanitários avaliados.
Segundo a empresa de consultoria de uso racional da água H2C, que realizou o estudo, o objetivo foi avaliar o potencial de economia de água e as condições gerais de conforto e higiene.
Cada aeroporto recebeu nota de 0 a 10 nos quesitos análise ambiental (consumo de água), manutenção (preventiva ou corretiva) e higienização (prevenção de riscos de contaminação), além da disponibilidade de cabine por usuário.
No ranking do estudo, a nota mais elevada é do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (7,33), seguido pelo Aeroporto Internacional do Recife, Guararapes-Gilberto Freyre (7,17), e do Aeroporto Internacional de Salvador, Dep. Luís Eduardo Magalhães (6,67).
A nota mais baixa foi do aeroporto Marechal Rondon, em Cuiabá (4,08). A penúltima colocação foi do aeroporto Eduardo Gomes, em Manaus (4,83), e o antepenúltimo colocado foi o Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Problemas
O estudo conclui que a maioria dos aeroportos visitados não conta com torneiras eletrônicas e mictórios eletrônicos, mais econômicos e higiênicos, e que a falta de uniformização gera desequilíbrios no consumo de água e gastos excessivos de manutenção.
Também foram apontadas lixeiras danificadas, ausência de papel higiênico e papel para secagem de mãos e, em vários dos sanitários, assentos de bacias com marcas de ferrugem e restos de fezes. O estudo não especifica em quais aeroportos esses problemas foram encontrados.
Um dos únicos aeroportos que contam com sistema de aproveitamento de águas pluviais é o do Galeão, no Rio de Janeiro, diz o levantamento, que também avalia ser necessária a ampliação do número de sanitários e cabines nos próximos anos, tendo em perspectiva o aumento do fluxo de pessoas que circulam pelos aeroportos brasileiros durante a Copa.
Procurada pelo G1, a Infraero disse que, apesar de não ter verificado o detalhamento do estudo, as obras de reforma e ampliação dos aeroportos "compreendem, também, melhorias nos sanitários e construção de novos". Além disso, a Infraero afirma que realiza "sistematicamente fiscalização em todos os banheiros no intuito de garantir o bom funcionamento de todos".
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