Todos os aeroportos das cidades-sede deverão ter suas capacidades acima do movimento de passageiros ainda em 2013, antes da realização da Copa do Mundo FIFA Brasil 2014. As informações foram passadas nesta quarta-feira (17.08) pelo presidente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), Gustavo do Vale, durante o Seminário Infraestrutura Turística, Megaeventos Esportivos e Promoção da Imagem do Brasil, organizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília.
Vale participou do painel “Investimentos recentes, capacidade instalada e estimativa de demanda”, juntamente com o ministro-chefe da Secretaria de Aviação (SAC), Wagner Bittencourt, o coordenador de Infraestrutura Econômica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Carlos Campos, e o vice-presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústria de Base (Abdib), Ralph Lima Terra. Eles discutiram o estado atual e as projeções do setor aeroportuário.
Entre a situação dos aeroportos, Vale destacou a de Recife, que não precisa de maiores intervenções para receber o Mundial. “Só vamos trocar a torre de controle por outra, inteiramente nova”, afirmou. Segundo dados apresentados pelo presidente da Infraero, o investimento para a substituição é de R$ 24,6 milhões e a capacidade do aeroporto será, em 2014, de 16,7 milhões de passageiros por ano, contra uma demanda de 7,8 milhões.
O caso mais preocupante é o de Cuiabá. “A área de desembarque é separada da de embarque. Quem precisa fazer conexão, às vezes tem que passar na chuva”, alertou Vale. As alterações no aeroporto, que têm previsão para terminar em julho de 2013, com um investimento de R$ 91,33 milhões, levarão a capacidade para 5,7 milhões de passageiros por ano, contra 3,1 milhões de demanda prevista.
Wagner Bittencourt lembrou que o ajuste do funcionamento dos aeroportos, segundo dados de estudo encomendado pela SAC, pode aumentar em 30% a capacidade de receber funcionários. Dentro dessas estratégias, o ministro destacou a necessidade de investimentos na aviação regional. “A política pública tem que passar pela estratégia de desenvolver os aeroportos regionais, otimizando e melhorando a malha. Devemos fazer com que valha a pena ter voos para regiões mais distantes. Para isso, também é necessária a revisão do marco regulatório do setor, para aprimorar a regulamentação existente.”
Carlos Campos, do Ipea, informou que o valor previsto de investimento anual para o período entre 2011 e 2014 é quase duas vezes maior que o do período entre 2003 e 2010 – passou de R$ 712 milhões para R$ 1,3 bilhão. Mas lembrou que a taxa de aplicação dos recursos, de 40% até o ano passado, precisa aumentar.
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