segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Decisão sobre modal prevista para hoje

Política
ROMULO FARO
Tribuna da Bahia



O governador Jaques Wagner (PT) deve anunciar hoje a decisão sobre o modal do transporte público de massa para Salvador no plano de mobilidade urbana, cuja prioridade é atender à demanda da Copa do Mundo 2014.
 A probabilidade é a de que haja consenso no encontro previsto para logo mais entre o chefe do Executivo baiano; o prefeito João Henrique (PP); o ministro das Cidades, Mário Negromonte, e o chefe da Casa Civil do município, João Leão; e o titular da Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan). Segundo o secretário da Comunicação do Estado, Robinson Almeida, a reunião marcada para ontem deve acontecer ao longo do dia.

A disputa Bus Rapid Transit (BRT) versus um modelo sobre trilhos (monotrilho ou metrô) como veículo para o principal trecho do plano de mobilidade, compreendido entre a Rótula do Abacaxi e o Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, ao longo da Avenida Paralela, começou quando o governo do estado anunciou em março último que realizaria um PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse) sob argumento de discutir melhor a situação de Salvador.
No dia 23 de junho passado, o resultado parcial do PMI escolheu três projetos diferentes que envolvem trilhos e rodas. A decisão do Estado foi a de, num prazo de 45 dias, que encerrou no último sábado (6), divulgaria o resultado final.
 O governo vem defendendo que o plano de mobilidade tenha trilhos na Paralela e BRT nas chamadas vias alimentadoras, como as avenidas Pinto de Aguiar, Vasco da Gama, ACM, Magalhães Neto, Arthur de Azevedo Machado (Costa Azul) e San Martin.

Determinado, o governador Jaques Wagner declarou em duas oportunidades diferentes na semana passada que tentaria convencer a presidente Dilma Rousseff a permitir que Salvador pudesse alterar a Matriz de Responsabilidades assinada em 2009 pelas 12 cidades-sede, quando a Fifa anunciou que a Copa 2014 seria realizada no Brasil.
 À época, o único projeto de mobilidade que Salvador possuía era o do BRT, elaborado pela Prefeitura.

E na última semana o clima esquentou de vez entre Prefeitura e Estado, após a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, por ordem da presidente Dilma, anunciar que a orientação era a de que as cidades-sede não alterassem seus projetos apresentados na Matriz. De um lado, a Prefeitura defende que o projeto já está pronto para ser licitado e o custo é muito menor (R$ 570 milhões) do que a proposta do Estado (que pode chegar a R$ 2,4 bilhões). O governo, por sua vez, garante a viabilidade do tempo e do dinheiro.

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