Tribuna da Bahia
Com a presença da presidente Dilma Rousseff (PT) em Salvador ontem, o governador Jaques Wagner (PT) voltou a afirmar que a posição do Estado sobre o sistema de transporte público de massa para a cidade é implantar um modal sobre trilhos para ligar a capital a Lauro de Freitas ao longo da Avenida Paralela.
E o impasse parece mesmo estar perto do fim. A expectativa do chefe do Executivo estadual é a de que na próxima segunda-feira (8) o cidadão saiba, enfim, como irá se locomover já na Copa do Mundo de 2014.
Wagner aproveitou a rápida entrevista coletiva que concedeu antes do lançamento do programa Vida Melhor, no Gran Hotel Stella Maris, para repudiar o desgaste instalado pela polêmica acerca de metrô ou Bus Rapid Transit (BRT).
"Acho uma bobagem ficar discutindo sobre um ou outro. Não existe essa dicotomia. Essa discussão não deve ser feita como torcida de futebol", afirmou o petista.
Enquanto a Prefeitura reitera que não há tempo para implantar outro modal até a Copa senão o BRT correndo pela Paralela, o Estado fica cada vez mais animado com a possibilidade de Dilma permitir mudança na matriz da mobilidade, acordo firmado entre União, Governo da Bahia e Prefeitura do Salvador em 2009.
"Está parecendo possível", disse o titular da Secretaria do Planejamento (Seplan), Zezéu Ribeiro, em entrevista à Tribuna. A grande aposta do governo é a amizade e o prestígio dos quais Wagner dispõe com a chefe da nação. E ela atende às expectativas do governador.
"O governo da Bahia é parceiro de primeira hora", disse Dilma, completando que se sente mais brasileira quando está na Bahia.
Apesar do otimismo com relação ao tempo para implantação do modal que propõe trilhos como carro-chefe e BRT nas vias alimentadoras, Jaques Wagner admitiu na coletiva que o governo estadual errou por não ter realizado o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) mais cedo, mas justificou que a demora se deu pelo desejo de fazer todo o trâmite com a máxima transparência possível.
O governador aproveitou para responder a cutucada que o chefe da Casa Civil de Savador, João Leão, lhe deu ao afirmar em entrevista à Rádio Metrópole, também na manhã de ontem, que sua intenção de fazer metrô na Paralela é para deixar seu nome na história. Wagner disse que não queria polemizar, mas que acreditava que já o fez "ao mudar as prioridades do Estado".
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