terça-feira, 21 de outubro de 2008

São Miguel e os efeitos da intervenção do Homem


É voz geral dos que habitam Ilhéus há muitos anos, que a construção do Porto do Malhado trouxe uma série de problemas para o litoral norte além de haver mudado a geografia das praias do centro, da foz do rio Cachoeira e das praias do norte.
O Porto do Malhado recentemente tomou ao mar a área onde está sendo construída (dizem que as obras estão paralisadas) a nova retroária e as conseqüências novamente aconteceram em São Miguel e São Domingos (conforme postagem neste blog).
É importante que se diga que as influências negativas contra São Miguel também se deveram a não realização dos projetos de construções dos espigões ou molhes de pedras, que funcionariam como quebra mar e ou cais e que seriam construídos em sentido vertical a linha horizontal da praia com intuito de controlar a ação das marés, dos quais nem todos foram executados e os que foram tinham ou tem a dimensão aquém das necessidades aventadas.
É importante mencionar de que as influencias negativas contra São Miguel e praias do norte não são exclusivamente decorrentes do Porto, e sim também das invasões aos mangues, da derrubada de mata ciliar, da tomada das margens de rios, do assoreamento da baia do Pontal, do desaparecimento da praia do Pontal, do estreitamento do canal entre o Morro de Pernambuco e do novo areal no 2 de Julho e por aí vai.
Todas essas ações fizeram que o mar buscasse recompor suas áreas ocupadas.
O que aconteceu com os mangues, com a baia do Pontal e os rios?
O mangue além de invadido, soterrado, com o rio estreitado, com perda de terra, mudança do relevo submerso, reduziu a penetração das águas do mar na cheia das marés, que antes entrava na foz dos rios caminhando rumo aos mangues represando as águas dos rios e espraiando pelos aclives de suas margens.
Um exemplo comprobatório é a invasão próxima a Estação Rodoviária, os mangues foram aterrados e além da agressão ao meio ambiente com a destruição de berçário marinho, impediu que o mar em maré cheia se deslocasse rumo aos mangues sem danos para a natureza e muito menos contra a ação natural do avanço e recuo das águas nessas áreas.
Na baia do Pontal teve seu relevo submerso modificado se elevando e ocasionando a redução da profundidade e empurrando as águas em direção ao norte e criando áreas enormes de areias entre as muralhas da Avenida 2 de Julho e o mar, produzindo novas correntes marinhas em direção ao norte e principalmente ao bairro de São Miguel.; onde encontrou a fragilidade da topografia, com altitude em nível do mar quase zero o que possibilitou a invasão das águas, o que representava o mar tomando em outro local o que havia sido tirado dele.
Há soluções? Claro que há. E o custo dessas intervenções? É possível que as somas a serem empregadas representem menos do que os resultados que todos possam auferir das mesmas (isso é outra história, que trataremos oportunamente).
Faço deste blog um pedido para todos aqueles que possam comentar sobre o assunto em qualquer blog, jornal ou outro qualquer meio de comunicação, que ofereça sua opinião em busca dos caminhos a seguir.
A você que leu esse comentário, caso julgue improcedente a argumentação apresentada, favor corrigir, mostrar os caminhos, pois uma coisa é fato precisamos salvar esse pedaço de terra de nosso município.

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