quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Indicativos para ajudar a entender a crise.

Parte 2/4
Bolsa de Valores

Um grande jogo, onde o conhecimento, a coragem, a argúcia e outros tantos predicados influenciam nos ganhos ou perdas nos negócios realizados.
A primeira vista, parece um autentico circo ou um estádio de futebol em clássico com lotação esgotada, uma verdadeira confusão.
Mais o circo financeiro parece indecifrável, mais não é complicado como possa parecer.
A Bolsa de valores é um elemento de uma economia democrática e aberta e os gritos de “Vendo! Compro! Fechado!” é o que mais se ouve numa bolsa de valores de um mercado acionário que hoje tem duas maneiras de negociação que é o pregão físico ou no eletrônico, sendo o primeiro mais tradicional, o da gritaria no espaço do saguão da bolsa, mais esse pregão de sistema “viva-voz” vem perdendo espaço para o pregão eletrônico, o que indica o pregão físico seja extinto.
A grande vantagem do pregão eletrônico é a agilidade das negociações que são realizadas via internet, com a utilização de um programa de computador em que os corretores conversam entre si em tempo real, com fechamentos de negócios; com uma desvantagem que nem todas as transações podem ser feitas por meios eletrônicos o que oferece uma sobrevida e a manutenção dos pregões dentro do velho e conhecido sistema.
É realmente inaceitável que homens de negócios não observem a variação das bolsas com assiduidade, pois representa o termômetro da economia mundial e quando sucessivas oscilações de baixas e altas podem indicar que alguma coisa está ocorrendo ou está para ocorrer com a economia mundial; o que leva os governos e empresas a analisar os meios de se preparar para evitar prejuízos, enfrentar as possíveis adversidades e até ganhar muito dinheiro.
Bolsa de valores não é jogo para peixe pequeno, não adianta ser petitinga, tem que ser tubarão.
Existe nesse jogo muita ação de especuladores, blefes, e registros de performances de empresas com anúncios mentirosos que supervalorizam suas ações e que da noite para o dia a verdade vem à tona e a laranja podre leva muitos a grandes prejuízos, falências e Deus lá sabe quantas outras conseqüências.
Vamos conceituar um exemplo de como uma empresa pode ser admitida com a suas ações em uma bolsa.
A empresa XY precisa de dinheiro para investir na ampliação de seus negócios (não importa o ramo), ela pode pedir dinheiro emprestado a Bancos ou em se tratando de uma empresa por ações, abrir seu capital no mercado próprio. Como os juros bancários altos e o negócio vão ficar caros e talvez não ofereça o retorno necessário, a empresa XY, usa a 2ª hipótese que é lançar suas ações no mercado.
A empresa procede a suas analises e cálculos, estabelece o preço de cada ação individual e lança a quantidade necessária para continuar como majoritária no capital da empresa e esse estágio é chamado de “mercado primário”.
Neste mercado corretoras e bancos permitem que seus clientes comprem essas ações da empresa, e após pagar os impostos previstos em lei a emitente e vendedora das ações leva os recursos auferidos direto para o caixa da empresa, livre dos juros que pagaria ao Banco se tivesse tomado o empréstimo, mais com a responsabilidade a dividir seu lucro liquido ajustado com cada pessoa física e ou jurídica que detém ações da organização, respeitando as leis vigentes de distribuição de lucros com os possuidores da composição acionária. Esse pagamento é feito uma vez por ano e se a empresa tiver prejuízo, o acionista não recebe nada.
Passado o primeiro instante do “mercado primário”, os detentores iniciais das ações podem querer vendê-las a pessoas interessadas e é aí que entra a bolsa de valores, ou “mercado secundário”.
Nesse ato, quanto mais pessoas interessadas em comprar uma ação, mas ela tende a se valorizar.
Em verdade esse interesse é mais especulativo, ou seja, na esperança que aquela ação poderá se valorizar e o investidor possam revendê-la por um preço maior e obter um ganho ou lucro. Pode acontecer também o inverso, é quando muitos desejam se desfazer das ações e ninguém quer comprá-las, aí a tendência é de que os possuidores diminuam os preços delas na tentativa de atrair os compradores e como conseqüência a ação perde valor
Esse sobe e desce é perfeitamente normal e registra uma flutuação decorrente de um movimento de negócio.
Muitos Bancos, investidores estrangeiros olham para os mercados mundiais e aplicam fortunas de olho no crescimento econômico e na possível valorização daqueles mercados.
Em tempos duvidosos pode haver uma corrida em busca de vendas de ações para tirar o dinheiro de mercados e isso pode levar a grandes impactos que trataremos adiante

FGTS, ÃNCORA DO SETOR IMOBILIÁRIO

Os recursos de cerca de 40 milhões de trabalhadores brasileiros regidos pela CLT, e sob a responsabilidade e tutela da Caixa Econômica Federal sob a denominação de FGTS, é a âncora do setor imobiliário brasileiro e baluarte nas construções que atendem as classes menos favorecidas da sociedade do país, além de participar ativamente em outros investimentos e financiamentos sob o apoio e vigilância dos órgãos competentes.
Nos últimos dias de setembro deste ano foi criado um Fundo de Investimentos, com o intuito de financiar as ferrovias no Brasil, uma Infra-estrutura exigida e necessária para alavancar o desenvolvimento desta nação.
Esse Fundo tem a seguinte sigla “FI-FGTS” e nos últimos dias também foi levado ao conhecimento de todos que o FGTS será usado para apoiar os investimentos imobiliários em curso quando assim se fizer necessário

COMMODITIES

Nossas exportações estão alicerçadas nos Commodities e como os preços são estabelecidos pelos mercados (agro negócios, na área mineral e as processadas, que são as que contam com graus de processamento industrial) estamos condicionados aos preços formados em bolsas de valores do próprio país ou do exterior na dependência de circunstâncias.
Assim, muitas vezes o produto será exportado com o prejuízo ou quando cancelado ou não realizado e obedece a uma tendência natural como por exemplo, agora em situação de crise financeira internacional haverá a redução da Exportação surgindo uma ação de duplo sentido:
a) falta de disponibilidade dos importadores(empresas de outras paises);
b) preço do dinheiro( no país exportador)

Os esclarecimentos sobre Exportações serão postados na continuação do assunto titulo “Indicativos para ajudar a entender a crise”.

Um comentário:

Unknown disse...

Eu cadastrei o blog pensargrandeilheus ao meu email, logo, sempre que um novo assunto é postado, recebo automaticamente no meu correio eletrônico. Estou acompanhando o tema "Indicativos para ajudar a entender a crise" e ja estou ansioso pela postagem 3/4. Muito boa! E espero que explique direitinho como surgiu essa crise; como o setor imobiliário norteamericano esgotou as linhas de crédito mundiais. Aguardo ansiosamente!

abração
Geraldo Jr.