sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Nadador recordista de medalhas no Parapan destaca evolução nos investimentos esportivos





O bolsista do Ministério do Esporte Daniel Dias voltou dos Jogos Parapan-Americanos de Guadalajara como o maior medalhista da competição. Foram 11 ouros conquistados na natação. Durante cerimônia nesta quinta-feira (24.11), no Palácio do Planalto, em que a presidenta da República, Dilma Rousseff, recebeu os atletas brasileiros que representaram o país no Parapan 2011, Daniel mostrou todo o orgulho pelas conquistas, principalmente, por ter colocado em destaque o nome do país.

“Recebi muitas mensagens agradecendo por representar o país. Com esse carinho, fico extremamente feliz e honrado pelo reconhecimento do trabalho. Espero que seja um exemplo para muitas pessoas, não só para os deficientes. A gente está sempre batalhando pelas conquistas nas piscinas. Receber o carinho do povo brasileiro mostra que não somos coitados, mas sim atletas como qualquer outro”, disse Daniel.

Para o nadador, de 2004 até hoje, o esporte teve uma grande evolução nos investimentos, principalmente por meio do programa Bolsa-Atleta. “É fantástico receber o auxílio, pois era um sonho de todos os atletas brasileiros. Especialmente, porque nem todos os esportistas conseguem ter um patrocínio privado”, ressaltou.

Outro bolsista que teve destaque no Parapan 2011 foi André Brasil. O nadador voltou para casa com seis medalhas. André fez questão de parabenizar todos os apoiadores que acreditam na bandeira do esporte adaptado. “Eu espero que, a cada edição dos Jogos Parapan-Americanos, tenhamos mais incentivos, com pessoas que acreditem mais e países que organizem eventos com estruturas iguais ou superiores às que competimos.”

Com modéstia, o bolsista não se considera, ainda, um ídolo: “Tenho muita coisa para fazer dentro do esporte. Espero que um dia essas medalhas sirvam como ferramenta de transformação de vidas. Eu prefiro dizer que sou mais um dentro de um grupo forte”.

Reconhecimento

André espera que um dia suas conquistas possam ter contribuído para o reconhecimento do esporte paraolímpico, da mesma maneira que as modalidades olímpicas são reverenciadas no Brasil. “Sei que a minha deficiência não é tão forte. Temos que desmistificar o pensamento de coitadinho. Não fomos pessoas com deficiência, somos eficientes e estamos fazendo o nosso trabalho. É assim que nós queremos ser reconhecidos”, acrescentou.

Segundo André Brasil, receber o auxílio financeiro do programa Bolsa-Alteta é uma tranquilidade para se dedicar exclusivamente ao esporte. “Esse é o nosso trabalho. Sabemos que a carreira de um esportista tem prazo de validade. Se não tivermos esse tipo de apoio, não teremos condições de transformar as vitórias em realidade.”


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