Desenvolvimento Urbano Planejado
A Região Metropolitana de Salvador, devido às limitações geográficas, vem crescendo primordialmente em direção ao Norte. Segundo o IBGE, o número de habitantes da região metropolitana norte cresceu 3,22% ao ano entre 2000 e 2010, enquanto a cidade de Salvador cresceu somente 0,91% ao ano no mesmo período.
Outro dado que mostra o deslocamento das pessoas e investimentos para o Norte da região metropolitana é o número de novas unidades habitacionais. Em Lauro de Freitas, uma cidade cuja população é 6% da população de Salvador, foram lançadas 4300 novas unidades em 2011, 40% dos lançamentos registrados em Salvador.
O crescimento unidirecional acelerado contribui para a perda da função do centro antigo da capital e intensifica alguns problemas urbanos, como, por exemplo, o trânsito.
Isso é facilmente evidenciado com o tráfego na Avenida Paralela, que já supera os 200 mil veículos por dia. Esses fatores ainda devem ser amplificados durante os próximos anos, com a redução da pobreza e mudanças da pirâmide etária impulsionando a demanda por novas moradias e por mais transporte individual.
Do outro lado, a Ilha de Itaparica também está longe de uma situação ideal. A ilha, apesar da baixa ocupação (pouco mais de 60 mil moradores), apresenta alguns problemas urbanos típicos. Dentre os principais desafios da ilha, está a necessidade de melhoria da infraestrutura básica local, como mobilidade, saúde, segurança e educação.
A ilha atualmente apresenta ocupação urbana em apenas 11% do seu território, apesar de possuir uma área adicional de quase 50 milhões de metros quadrados (20%) já antropizada e com potencial de urbanização. Isso significa que mesmo com o desenvolvimento urbano, quase 70% da ilha pode vir a ser melhor preservada
Para o crescimento urbano ordenado, está sendo preparada uma série de inciativas críticas, como:
· Revisão dos Planos Diretores de Desenvolvimento Urbano (PDDU) de Itaparica e Vera Cruz;
· Criação de planos urbanísticos municipais e intermunicipais;
· Elaboração do plano de saneamento;
· Análise dos impactos urbanos e de vizinhança;
· Investimentos em infraestrutura básica para a região.
Dessa forma, a Ponte aliada às iniciativas urbanísticas previstas, dará a Itaparica e Vera Cruz a condição inédita de serem cidades baianas planejadas, melhorando a qualidade de vida da população local.
Desenvolvimento Socioeconômico
Historicamente, os grandes investimentos da Bahia foram direcionados para a região ao Norte da RMS e Recôncavo Norte. Essa tendência intensificou-se a partir da década de 1950, com a atração de grandes investimentos, como a Refinaria Landulpho Alves, o Terminal de Madre de Deus (TEMADRE), o Centro Industrial de Aratu e o Pólo Petroquímico de Camaçari.
Tais investimentos direcionaram o desenvolvimento do Estado para essas regiões, evidenciados através de indicadores como o PIB per capita, por exemplo. Enquanto na RMS e Recôncavo Norte este índice atinge R$18.630 e R$61.912, respectivamente, no Baixo Sul e Recôncavo sul caem drasticamente para R$7.833 e R$6.612.
Outros indicadores, como o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), saneamento básico e coleta de lixo também apresentam diferenças significativas, reforçando a necessidade de priorizar o desenvolvimento do Baixo-Sul e Recôncavo Sul baianos.
Este fenômeno impulsionará a arrecadação dos municípios, permitindo investimentos em obras e serviços públicos, aumentando a qualidade de vida e abrindo novas oportunidades para a população local.
Como já foi adiantado, o Governo também avançará na plano de desenvolvimento socioeconômico para a macroárea de influência da Ponte. O plano envolve uma série de iniciativas, como o diagnóstico socioeconômico dos municípios envolvidos, definição da sua vocação, identificação das principais necessidades de infraestrutura local, criação de um plano de capacitação de mão-de-obra local e elaboração de um programa de atração de empresas âncora.
Todos esses esforços estão sendo realizados para garantir que o projeto traga o maior benefício para milhões de pessoas.
Dados da SEPLAN
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