quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sou favorável a construção da Ponte e é uma questão de tempo a sua concretização...que seja já

Ainda sobre a Ponte Salvador - Itaparica
Autor: Herbert Frank - Economista
Herbert Prank Economista

hfrank@svn.com.br

Continuam as discussões sobre a ligação da cidade de Salvador com a Ilha de Itaparica. Ótimo. Significa que o as­sunto é polêmico, como foram também a instalação do Polo Petroquímico, a implan­tação da Linha Verde, a construção do Centro Administrativo da Bahia, a duplicação da BR-324, a implantação da Avenida Octávio Mangabeira e muitas outras que hoje são realidades fundamentais no processo de de­senvolvimento da Bahia e que, na ocasião, foram acusadas de "obras fictícias".

Não é uma obra deste governo. É uma boa estratégia de promoção do desenvolvimento da Bahia. A BR-242, que vem do oeste baiano e que hoje termina no encontro com a BR-1l6, em São Roque do Paraguaçu, terá continui­dade com um viaduto sobre essa estrada, passando por São Felipe, cruzando para a Ilha de Itaparica onde hoje existe a Ponte do Funil, atravessando toda a ilha em estrada paralela à atual, e chegando até a cabeceira da ponte. Esta é a linha de integração do espaço eco­nómico do oeste baiano com os meios de escoamento da sua produção (portos de Sal­vador e Aratu) e demais regiões da Bahia, em especial as do Recóncavo e nordeste.

Por outro lado, os municípios das regiões baixo sul e litoral sul com suas produções se integrarão de forma mais apropriada aos mercados consumidores, favorecendo o in­cremento do turismo nessas regiões. Na pró­pria Baía de Todos-os-Santos, no município de Maragojipe, está sendo implantado o Es­taleiro Enseada do Paraguaçu, com inves­timentos totais previstos da ordem de R$ 2,1 bilhões, com participação também da União e da iniciativa privada.

Chegando a Salvador, esse sistema viário estratégico de desenvolvimento encontra a Via Expressa, a BR-324, a Linha Verde e in­terliga"se com a parte norte das BRs-110 e 116, levando e trazendo produção de origem das regiões norte e nordeste da Bahia, além de outros estados do Nordeste brasileiro.

A alternativa da ponte é, por tudo isso, positiva e a sua construção está inserida em outras diretrizes desenvolvimentistas em implantação na Bahia. Esta vem a ser uma das
estratégias para que a Bahia saia do 6Q lugar no ranking nacional do PIE (Produto Interno Bruto) para o 3Q , ou até mesmo 2Q•

Nesta época de eleição, não fico preocu­pado se o candidato A, B ou C é contra ou a favor da ponte. Preocupa"me se os candi­datos são a favor do desenvolvimento da Bahia, pois a ponte é necessária à abertura de um vetor importante para abrir novas fron­teiras económicas.

Enganam-se aqueles que imaginam ser uma coisa simples e corriqueira a elaboração de um projeto executivo de uma ponte com cerca de 12 quilómetros de comprimento e em águas com profundidade de até 70 metros, para o qual precisam estudos detalha­dos. E indispensável dispor de cuidado téc­nico para um projeto qualificado. E isso leva tempo, naturalmente.

Continuam precipitados os arautos do de­nuncismo de plantão, quando demonstram medo da PPP (Parceria Público Privada), de­finida por lei, ou em conversas preliminares com quaisquer que sejam as empresas pri­vadas. Tudo se fará e acontecerá através de concorrência pública, devidamente fiscali­zada pelas procuradorias gerais, tribunais de contas, ministérios públicos e Controlado ria Geral da União.

Os eternos pessimistas e que tudo fazem para manter o subdesenvolvimento da Bahia serão contrariados, mais uma vez: a ligação entre Salvador e Itaparica se materializará, ' mais cedo ou mais tarde, por imposição na­tural do crescimento da Bahia e, também, pela fatal ampliação dos investimentos, pro­motores do seu desenvolvimento económico e social.

lVão é uma obra deste governo. É uma boa estratégia de promoção do desenvolvimento
da Bahia

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