Cidades que não abrigarão a Copa-2014 gastarão R$ 250 milhões em estádios
A FOLHA
SÉRGIO RANGEL ENVIADO ESPECIAL A VITÓRIA
Pelo menos cinco cidades que estão fora da Copa do Mundo de 2014 vão gastar dinheiro público construindo ou reformando estádios, na tentativa de tirar uma ''casquinha" da competição.
Periferia do futebol nacional, Vitória (ES), São Luís (MA), Maceió (AL), João Pessoa (PB) e Campina Grande (PB) já anunciaram que desembolsarão, no mínimo, cerca de R$ 250 milhões somente nas arenas esportivas.
Políticos locais justificam a gastança com promessas vagas de abrigarem amistosos do time comandado por Mano Menezes antes da abertura do Mundial ou de receberem seleções estrangeiras durante a Copa. Nada disso foi garantido pela Fifa ou pela CBF até agora.
A empreitada dos excluídos do Mundial, que não conseguem nem desenvolver o futebol local, revela um novo "boom" na construção de arenas esportivas, semelhante ao ocorrido no Brasil durante os anos 70. A maioria dos estádios que estão sendo reconstruídos agora foi concebida naquela onda.
Para o Mundial, dez novas arenas serão levantadas e duas reformadas. A maioria delas com dinheiro público. Os governos estaduais estimam gastar R$ 4,8 bilhões na construção ou na reforma de arenas para a próxima Copa.
O TCU (Tribunal de Contas da União) acredita que pelo menos quatro delas se transformarão em "elefantes brancos" depois do Mundial.
''Com o novo Kleber Andrade, queremos não só acolher a seleção, mas ajudar a estruturar o esporte capixaba'', declarou a secretária de Esporte e Lazer do Espírito Santo, Lenise Menezes Loureiro, referindo-se ao estádio em construção.
Único Estado do Sudeste fora da Copa, o Espírito Santo tem o projeto mais caro entre os excluídos do Mundial. O governo estadual capixaba vai usar cerca de R$ 90 milhões para levantar o novo estádio Kleber Andrade.
Inaugurado para o Pan-07, o Engenhão, que tem o dobro de capacidade, custou quase R$ 400 milhões após sucessivos estouros no orçamento. Inicialmente, a Prefeitura do Rio pretendia gastar R$ 60 milhões na construção.
A obra já começou em Cariacica, região metropolitana de Vitória. Teve início em março. Atualmente a construção está em fase de terraplanagem.
SÉRGIO RANGEL ENVIADO ESPECIAL A VITÓRIA
Pelo menos cinco cidades que estão fora da Copa do Mundo de 2014 vão gastar dinheiro público construindo ou reformando estádios, na tentativa de tirar uma ''casquinha" da competição.
Periferia do futebol nacional, Vitória (ES), São Luís (MA), Maceió (AL), João Pessoa (PB) e Campina Grande (PB) já anunciaram que desembolsarão, no mínimo, cerca de R$ 250 milhões somente nas arenas esportivas.
Políticos locais justificam a gastança com promessas vagas de abrigarem amistosos do time comandado por Mano Menezes antes da abertura do Mundial ou de receberem seleções estrangeiras durante a Copa. Nada disso foi garantido pela Fifa ou pela CBF até agora.
A empreitada dos excluídos do Mundial, que não conseguem nem desenvolver o futebol local, revela um novo "boom" na construção de arenas esportivas, semelhante ao ocorrido no Brasil durante os anos 70. A maioria dos estádios que estão sendo reconstruídos agora foi concebida naquela onda.
Para o Mundial, dez novas arenas serão levantadas e duas reformadas. A maioria delas com dinheiro público. Os governos estaduais estimam gastar R$ 4,8 bilhões na construção ou na reforma de arenas para a próxima Copa.
O TCU (Tribunal de Contas da União) acredita que pelo menos quatro delas se transformarão em "elefantes brancos" depois do Mundial.
''Com o novo Kleber Andrade, queremos não só acolher a seleção, mas ajudar a estruturar o esporte capixaba'', declarou a secretária de Esporte e Lazer do Espírito Santo, Lenise Menezes Loureiro, referindo-se ao estádio em construção.
Único Estado do Sudeste fora da Copa, o Espírito Santo tem o projeto mais caro entre os excluídos do Mundial. O governo estadual capixaba vai usar cerca de R$ 90 milhões para levantar o novo estádio Kleber Andrade.
Inaugurado para o Pan-07, o Engenhão, que tem o dobro de capacidade, custou quase R$ 400 milhões após sucessivos estouros no orçamento. Inicialmente, a Prefeitura do Rio pretendia gastar R$ 60 milhões na construção.
A obra já começou em Cariacica, região metropolitana de Vitória. Teve início em março. Atualmente a construção está em fase de terraplanagem.
Com capacidade para cerca de 23 mil torcedores, o estádio deverá ser concluído no final de 2012.
Na Paraíba, o governo estadual está preparando um pacote para reformar os dois principais estádios da região _o Almeidão, na capital João Pessoa, e o Amigão, em Campina Grande. De acordo com o secretário de Esportes Cristiano Zenaide, as duas obras deverão consumir cerca de R$ 100 milhões.
''A intenção é receber as seleções estrangeiras durante a Copa e usar o futebol para ampliar o diálogo do Estado'', disse Zenaide, que aposta na proximidade da Paraíba com as cidades-sedes nordestinas da Copa.
A parte mais barata da obra do Amigão começou há cerca de duas semanas.
Em Alagoas, o governo local reformou o Rei Pelé, reinaugurado no final de julho. A obra saiu por R$ 12 milhões.
Na Paraíba, o governo estadual está preparando um pacote para reformar os dois principais estádios da região _o Almeidão, na capital João Pessoa, e o Amigão, em Campina Grande. De acordo com o secretário de Esportes Cristiano Zenaide, as duas obras deverão consumir cerca de R$ 100 milhões.
''A intenção é receber as seleções estrangeiras durante a Copa e usar o futebol para ampliar o diálogo do Estado'', disse Zenaide, que aposta na proximidade da Paraíba com as cidades-sedes nordestinas da Copa.
A parte mais barata da obra do Amigão começou há cerca de duas semanas.
Em Alagoas, o governo local reformou o Rei Pelé, reinaugurado no final de julho. A obra saiu por R$ 12 milhões.
No Maranhão, o novo Castelão ainda está sendo finalizado. A reforma da arena custou R$ 44 milhões até agora, mas só deve ser concluída no próximo ano.
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