Polo de Camaçari pode ganhar nova planta da Braskem
Paulo Roberto Sampaio
Agencia Preview
Em Porto Alegre, o presidente da Braskem, o baiano Bernardo Gradin anunciou que Camaçari pode receber uma nova planta da empresa
O presidente da Braskem, Bernardo Gradim, admitiu agora a pouco, aqui em Porto Alegre, onde concede entrevista coletiva à imprensa e inaugura dentro de instantes a fábrica de eteno verde de Triunfo, na presença do presidente Lula, que o Pólo Industrial de Camaçari, na Bahia, é forte concorrente para sediar a nova planta de produção industrial do eteno, derivado do etanol.
Paulo Roberto Sampaio
Agencia Preview
Em Porto Alegre, o presidente da Braskem, o baiano Bernardo Gradin anunciou que Camaçari pode receber uma nova planta da empresa
O presidente da Braskem, Bernardo Gradim, admitiu agora a pouco, aqui em Porto Alegre, onde concede entrevista coletiva à imprensa e inaugura dentro de instantes a fábrica de eteno verde de Triunfo, na presença do presidente Lula, que o Pólo Industrial de Camaçari, na Bahia, é forte concorrente para sediar a nova planta de produção industrial do eteno, derivado do etanol.
A planta, que é ambicionada por vários estados brasileiros, já merece atenção maior do governo da Bahia como destacou o governador Jaques Wagner, tendo o secretario da Industria, Comércio e Mineração, James Correa, iniciado as tratativas para levar para a Bahia a nova planta da Braskem. Gradim destacou não só o desejo de manter cada vez mais vitalizado o polo baiano como ressaltou que a escolha do local para a nova planta passa por estudos e avaliações em vários estádos e será abençoada pelo Conselho de Administração da empresa.
A próxima reunião do referido Conselho acontece no próximo dia 6 de outubro.“Temos uma equipe que busca hoje as melhores alternativas para a sequência deste projeto e entre os pontos avaliados estão as instalações em um pólo, o que já facilita as licenças ambientais, tratamento de resíduos e isso é muito importante, mas essa decisão final será do nosso conselho”, disse o baiano Bernardo Gradim.
Investindo cada vez mais em pesquisa e tecnologia, a Braskem que já é hoje líder na América em seu segmento, superando inclusive as gigantes norte-americanas, pretende ter entre 3 e 4 anos, 600 pesquisadores voltados para o desenvolvimento de novas tecnologias - que nos últimos 3 anos já representam 18% do faturamento da empresa - e ao atingir este patamar estará, inquestionavelmente, entre as líderes no mundo também no setor: “Queremos sim ser a empresa privada com maior número de pesquisadores e maiores investimentos no setor, na busca de novas rotas no mundo”, disse Gradim.
Uma referência no plástico verde
A Itália é referencia internacional no mundo da moda. A França, por seus perfumes.
O Brasil passa, a partir de hoje, graças a Braskem, a ser a maior referência mundial em plástico verde. E tem uma ponta de Bahia nessa conquista. Além de sua origem baiana a Braskem é presidida por um baiano: Bernardo Gradim e tem em sua composição acionária maioria baiana através do grupo Odebrecht.
A inauguração, daqui a pouquinho, com a presença do presidente Lula, da maior unidade industrial de eteno derivado de etanol do planeta, no Pólo Petroquímico de Triunfo (RS), vai permitir a produção de 200 mil toneladas de polietileno verde por ano e inserir o Brasil na dianteira dessa corrida pela qualidade de vida no planeta. Toda a produção da nova planta está praticamente já comercializada.Com o início das operações, a empresa passa a fornecer ao mundo resina de origem renovável e avança em sua estratégia de tornar-se líder mundial em química sustentável, com diversificação das suas fontes de matéria-prima competitiva.
Foram investidos cerca de R$ 500 milhões no projeto, concebido com tecnologia própria da companhia, como afirma com natural orgulho o baiano Bernardo Gradim, presidente da empresa.A realização desse projeto constitui um marco histórico para a Braskem, e materializa um sonho partilhado com nossos Clientes, que passam a contar com a opção de um produto ainda mais sustentável.Isso porque o plástico verde apresenta um balanço ambiental muito favorável, ao retirar até 2,5 toneladas de carbono da atmosfera para cada tonelada produzida de polietileno desde a origem da matéria-prima. "Pode-se dizer que o plástico verde da Braskem é feito de CO2, capturado da atmosfera na fotossíntese da cana-de-açúcar.
É ainda o mais competitivo entre todos os plásticos de origem renovável, e isso tem sido amplamente reconhecido pelo mercado, que registrou demanda para 3 vezes a capacidade da planta", acrescenta Gradin.Desde o ano passado, a Braskem estabeleceu uma série de parcerias para fornecimento de polietileno verde a Clientes nacionais e internacionais que adotam o desenvolvimento sustentável como pilar de sua estratégia de mercado.
Desse grupo pioneiro de empresas fazem parte Tetra Pak, Toyota Tsusho, Shiseido, Natura, Acinplas, Johnson&Johnson, Procter&Gamble e Petropack, entre outras. Produtos destinados à higiene pessoal e limpeza doméstica, embalagens de alimentos, brinquedos, utilidades domésticas estão entre as primeiras aplicações do plástico de origem renovável.
A unidade de eteno verde teve o prazo de construção antecipado para 16 meses, abaixo do orçamento, sem acidentes com afastamento. A Braskem colocou como desafio à sua equipe executar o projeto no menor tempo possível com segurança máxima pela sua extrema relevância. “A decisão de antecipar a compra de equipamentos críticos, o esforço da área logística para acelerar a sua chegada e o perfeito entrosamento entre as equipes de tecnologia, engenharias básica, de detalhamento e de produção foram essenciais para alcançar essa meta”, afirma Manoel Carnaúba, vice-presidente da Unidade de Petroquímicos Básicos.
A especificação do eteno ocorreu 12 horas após a partida da unidade, em 3 de setembro, e a produção de polietileno verde começou uma semana depois. O processo de polimerização, que converte eteno em resina, utiliza unidades já existentes da Braskem no Pólo de Triunfo. O produto final tem exatamente as mesmas propriedades e características do polietileno tradicional, podendo ser processado nos equipamentos dos Clientes sem necessidade de adaptações.A construção e a montagem foram executadas pela Construtora Norberto Odebrecht. A Genpro, mesma empresa do projeto da unidade de polipropileno de Paulínia, atuou com a expertise em engenharia, a OPI com o suprimento internacional, e a Braskem com a tecnologia, o Projeto Conceitual e Básico, além do gerenciamento da aliança.
Mais de 2.200 trabalhadores atuaram na construção da planta, dos quais mais de 700 eram moradores de Triunfo e arredores. Desse total, 174 formados pelo Programa Acreditar, que capacitou, durante oito meses, cerca de 250 moradores de Triunfo nos cursos de eletricista, montador de estruturas, encanador, carpinteiro e soldador
Texto:A Tribuna da Bahia
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