
A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Asseio,
Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal
(Sindilimp-BA) convoca os trabalhadores e trabalhadoras em geral, da
categoria em especial, a participarem da forma possível, inclusive com
paralisações, nesta quarta-feira, 15. "Não resta às trabalhadoras e
trabalhadores outro caminho que não seja a mobilização firme contra as
decisões do Congresso Nacional, o mais conservador dos últimos anos.
Avaliamos que o Projeto de Lei 4330 que retira direitos trabalhistas com
a terceirização sem limites, aprovado dia 8 de abril, por 324 a 137
votos, precisa ser derrotado nas ruas", afirma Ana Angélica Rabello,
coordenadora geral da entidade.
A sindicalista lembra que a manifestação é conjunta e reúne todas as
centrais sindicais do Brasil. "Vamos mostrar que as organizações
sindicais e movimentos sociais não permitirão a precarização do trabalho
e a retirada de direitos dos trabalhadores. A possibilidade de
generalizar a terceirização para atividade fim é um dos maiores ataques
que os trabalhadores sofreram nas últimas décadas. O mais provável que
ocorra é a substituição de trabalhadores contratados por terceirizados,
ou que os contratados sejam demitidos e recontratados como
terceirizados. Muita gente em todos os setores podem e vão perder seus
empregos", avalia.
Ana Angélica Rabello lembra que os cerca de 12,7 milhões de
terceirizados (26,8% do mercado de trabalho) hoje no mercado possuem, em
média, três horas a mais de jornadas, recebem salários 27% menores,
passam 2,6 anos a menos no emprego, são mais vulneráveis e suscetíveis a
sofrerem acidentes de trabalho. "Estamos diante de um verdadeiro
retrocesso na história das conquistas da classe trabalhadora. O projeto
será submetido a emendas na Câmara dos Deputados e, posteriormente,
encaminhado para o Senado. Em todo esse processo, as centrais sindicais e
movimentos populares intensificarão a luta e a pressão no Congresso e
nas ruas", disse.
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