terça-feira, 14 de abril de 2015

SINDILIMP-BA CRITICA APROVAÇÃO DE LEI DA TERCEIRIZAÇÃO



 
 
A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Pública, Asseio, Conservação, Jardinagem e Controle de Pragas Intermunicipal (Sindilimp-BA) convoca os trabalhadores e trabalhadoras em geral, da categoria em especial, a participarem da forma possível, inclusive com paralisações, nesta quarta-feira, 15. "Não resta às trabalhadoras e trabalhadores outro caminho que não seja a mobilização firme contra as decisões do Congresso Nacional, o mais conservador dos últimos anos. Avaliamos que o Projeto de Lei 4330 que retira direitos trabalhistas com a terceirização sem limites, aprovado dia 8 de abril, por 324 a 137 votos, precisa ser derrotado nas ruas", afirma Ana Angélica Rabello, coordenadora geral da entidade.
 
A sindicalista lembra que a manifestação é conjunta e reúne todas as centrais sindicais do Brasil. "Vamos mostrar que as organizações sindicais e movimentos sociais não permitirão a precarização do trabalho e a retirada de direitos dos trabalhadores. A possibilidade de generalizar a terceirização para atividade fim é um dos maiores ataques que os trabalhadores sofreram nas últimas décadas. O mais provável que ocorra é a substituição de trabalhadores contratados por terceirizados, ou que os contratados sejam demitidos e recontratados como terceirizados. Muita gente em todos os setores podem e vão perder seus empregos", avalia.
 
Ana Angélica Rabello lembra que os cerca de 12,7 milhões de terceirizados (26,8% do mercado de trabalho) hoje no mercado possuem, em média, três horas a mais de jornadas, recebem salários 27% menores, passam 2,6 anos a menos no emprego, são mais vulneráveis e suscetíveis a sofrerem acidentes de trabalho. "Estamos diante de um verdadeiro retrocesso na história das conquistas da classe trabalhadora. O projeto será submetido a emendas na Câmara dos Deputados e, posteriormente, encaminhado para o Senado. Em todo esse processo, as centrais sindicais e movimentos populares intensificarão a luta e a pressão no Congresso e nas ruas", disse.

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