quarta-feira, 1 de abril de 2015

RECUPERAÇÃO JUDICIAL DA OAS AFETA EMPRESAS E GRANDES PROJETOS NA BAHIA

Fonte:Bahiaeconomica

01/04 - 07:52hs -


A recuperação judicial da OAS vai afetar várias empresas e muitos dos projetos ora em implantação na Bahia. Entre as empresas principais nas quais a OAS tem participação acionária, que deverão ser negociadas no mercado, estão o Estaleiro Enseada Naval, onde a empresa tem 17,5% das ações, a Arena Fonte Nova, cuja participação é de 50%, e  a Concessionária Bahia Norte, responsável pelo sistema de rodovias  BA 093 que serve ao Polo Industrial de Aratu.

A Bahia Norte é controlada pela Odebrecht e pela Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A – Invepar, na qual a OAS tem 25% das ações, que serão colocadas à venda. O estaleiro Enseada Naval já demitiu cerca de 5 mil funcionários por conta do nào repasse de recursos pela Sete Brasil contratante das sondas para o pré-sal que a empresa deveria produzir e a recuperação judicial de um de seus sócios apenas amplia a situação de crise da empresa.

Em relação aos projetos estruturantes  que a OAS está tocando na Bahia destaca-se a construção da Avenida 29 de Março, ora em andamento, conhecida como Linha Vermelha, trecho de 21 quilômetros que corta a cidade de Salvador entre a Avenida Orlando Gomes e o Subúrbio. A empresa informa, no entanto, que nessa obras  não há qualquer atraso de pagamento.

A concessionária Bahia Norte, por sua vez, é responsável pela implantação da Via Expressa de Lauro de Freitas, que interligará as rodovias CIA-Aeroporto e a Estrada do Coco BA-099, orçada em R$300 milhões. A Invepar, que controla a Bahia Norte, disse, no entanto, que o pedido de recuperação da OAS não interfere em suas atividades

A recuperação judicial da OAS já era esperada já que a empresa não estava conseguindo levantar créditos após ter diretores presos com a crise desencadeada, no ano passado, com a Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

A dívida da OAS é de  R$ 8 bilhões e grande parte dela não será recuperada, já que os títulos da dívida da empresa são vendidos no mercado internacional por 15% do valor.

Vale lembrar que a  recuperação judicial é uma medida para evitar a falência de uma empresa, um maneira para que ela reorganize seus negócios e redesenhe o passivo,
superando a situação de crise econômico-financeira.
 

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