País fechou o ano com 6,4 GW de capacidade instalada. A maior parte dos parques está no Nordeste com 5 GW
A energia eólica alcançou um pico histórico de 2.315 MW médios gerados às 17:44 horas em 25 de novembro de 2014.
Segundo dados obtidos com exclusividade
pelaAgência Canal Energia, esse volume foi o responsável pelo
abastecimento de 21% da carga do subsistema Nordeste e com um fator de
capacidade de 81%. Na média, a geração eólica no ano de 2014 ficou na
casa de 1.332 MW médios.
De acordo com a Associação Brasileira da
Energia Eólica, tomando como base os dados da Câmara de Comercialização
de Energia Elétrica, o maior período de geração no ano passado ficou
entre junho a dezembro de 2014. Foi nesse intervalo de tempo que novos
parques começaram a operação comercial e, consequentemente, aumentou o
volume de energia injetada na rede.
Até maio de 2014 a geração eólica esteve
no patamar próximo a 750 MW médios evoluindo para a casa de 1,8 GW
médios no segundo semestre tendo como geração média mais elevada o mês
de outubro quando foram registrados 2.081 MW médios.
“A geração eólica teve um pico de 2,3 GW
médios em 25 de novembro, e o fator de capacidade foi de 81%. No
acumulado do ano, a fonte viabilizou a redução de R$ 5 bilhões em
encargos de serviço do sistema”, revelou a presidente executiva da
ABEEólica, Élbia Silva Gannoum.
No acumulado do ano de 2014 o fator de
capacidade médio ficou em 38,1%. Na avaliação da executiva, o indicador
só ficou nesse patamar porque uma importante parte desse volume entrou
justamente após meados do ano e ainda incluíram os dados dos projetos do
Proinfa, contratados por potência instalada e não por energia gerada.
“Se separamos apenas os projetos
competitivos, o fator de capacidade médio do ano se eleva para 43% no
ano”, detalhou. Além do que, continuou Élbia, 2014 não pôde ser
considerado um ano muito bom de vento, diferentemente de 2012,
classificado como excepcional. “Mas essas variações são normais para um
período onde os contratos têm duração de 20 anos”, acrescentou.
Em janeiro o fator de capacidade da fonte
eólica ficou em 35% e recuou até abril e maio, período em que ficou em
22%. Em junho esse patamar se elevou em 14 pontos porcentuais até chegar
a 50% nos meses de agosto e outubro, ficando em 41% em novembro e 40%
em dezembro.
Segundo o balanço de 2014, que a
ABEEólica está fechando, o Brasil encerrou o ano com 6,4 GW de
capacidade instalada. A maior parte desses empreendimentos estão no
Nordeste com 5 GW e o restante no Sul do país (aí incluindo nessa conta
um parque de 28 MW no Rio de Janeiro). Esse volume representa 4,7% de
participação na matriz elétrica nacional, até o momento, a quinta fonte
em ordem de grandeza.
Desse total, separando por ciclo de
contratação, 1,3 GW são de empreendimentos negociados no âmbito do
Proinfa e os 4,1 GW restantes no chamado modelo competitivo que ainda
possui 300 MW em capacidade instalada sem linhas de transmissão. Mas,
segundo as projeções para 2023, a tendência é de que a fonte eólica
avance para 22 GW, sendo a terceira maior em capacidade instalada.
Esses números, relata Élbia, reforçam a
qualidade dos projetos que são leiloados pela Agência Nacional de
Energia Elétrica desde 2009. Diferentemente daqueles contratados pelo
Proinfa há mais de 10 anos, quando a fonte começou a chegar ao país.
Desde então, a tecnologia e a eficiência mudaram o que favoreceu a
fonte.
Além disso, mais recentemente com a
adoção do P90 como critério para a garantia física tem levado os parques
a gerar a energia contratada com mais segurança. A presidente da
ABEEólica cita que em uma análise dos parques viabilizados no LER 2009
(ainda no P50) e transformasse no sistema vigente, a média da relação
entre o fator de capacidade apurado ante o que era previsto, teríamos
121%, ou seja, os empreendimentos estão entregando acima do que se
espera. Já no P50, em que foram leiloados, esses parques apresentam
relação de 103% na média.
Fonte: Canal da Energia
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