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Se fizermos uma retrospectiva do que foi o ano de 2010 para o turismo, podemos afirmar que este foi um bom ano para o setor. Com um segundo semestre quase perfeito para a hotelaria, quando a média de ocupação de julho a novembro foi de 73%, o segmento vislumbra um excelente verão neste inicio de 2011, com taxas num patamar superior a 90%, com um ápice de 100% no Carnaval. Entre novembro e março, são aguardados 6,6 milhões de visitantes em todo o Estado e a temporada de cruzeiros deve render 350 mil desembarques em Salvador.
Destinos corno Salvador, Porto Seguro, Trancoso, Morro de São Paulo, Itacaré, Mangue Seco, Prado, Alcobaça, Praia do Forte, dentre outros, vão ferver com a presenca dos mineiros, paulistas, norte-amêricanos, europeus e os próprios baianos.
E, por falar nisso, o nosso turismo não vive apenas de sol e praia, mas de rios, paisagens naturais belíssimas, corno os morros e serras da Chapada Diamantina, as ilhas fluviais e vinícolas do Vale do São Francisco, as cachoeiras de Barreiras e São Desidério, a aridez e a riqueza cultural do sertão baiano ou a fé que leva os romeiros a Bom Jesus da Lapa e trarão os peregrinos para o Santuário de Irmã Dulce.
Se lazer e diversão são bons para o turista, para nós, bai.anos, essa é uma atividade que gera desenvolvimento, emprego e renda. A movimentacão financeira em 2010 deve ser de R$ 6 bilhões. Além disso, hotéis, bares, restaurantes, lojas, lanchonetes e outros estabelecimentos ligados ao segmento geram mais de 600 mil empregos, o que deixa o turismo atrás apenas da construção civil e da agricultura familiar.
Pensando na atividade corno geradora de emprego e renda, o governo do Estado editou dois importantes decretos. Um beneficia a aviação regional com incentivos fiscais. Isso fará com que a Bahia fique interligada por meio de uma malha aérea mais acessível.
O outro decreto está ligado à indústria náutica de fabricação de embarcações de passeios turísticos e que também trata da redução e até isenção de ICMS em alguns casos, como a implantação de bases de charters. Esse esforço soma-se à aprovação de US$ 85 milhões do Prodetur Nacional para aplicação na Baía de Todos-os-Santos. Esses recursos serão destinados à melhoria da infraestrutura, como a construcão das vias Expressa e de Contorno Baía de Todos-os-Santos, implantação e melhoria de píeres e atracadouros e a viabilização de acões ambientais.
O governo estadual também captou recursos para melhoria da infraestrutura de destinos turísticos, corno as verbas que faltavam para a construção da ponte sobre o Rio de Contas e conclusão da Estrada Itacaré-Camamu, as obras de urbanização de Morro de São Paulo e Imbassaí, a Sinalização turística do litoral sul, a reforma da Feira de São Joaquim, a recuperação de prédios e monumentos históricos, como o Palácio Rio Branco, Palácio da Aclamação, dentre outras dezenas de intervenções que estão em curso.
Sob o âmbito promocional, a Bahiatursa participa de feiras e eventos nos principais mercados emissores no Brasil e no exterior, realizando acordos com operadoras e agências e conquistando voos internacionais. Neste verão, serão 25 frequências regulares para o exterior e outros 18 voos charters semanais. Nos últimos quatro anos, uma das principais conquistas foi a de um voo diário de Salvador para Miami, operado pela American Air Unes. Até 2007, a média anual de desembarques diretos americanos na capital baiana não passava de 2,7 mil, hoje são mais de 20 mil por ano.
A atração de investimentos privados também é algo a se destacar. Há quatro anos, estavam previstos US$ 2,2 bilhões para a construção de hotéis e resorts em território baiano. Agora, já são mais de. US$ 6 bilhões previstos para os próximos seis anos. Nesse período, dez empreendimentos de grande porte foram inaugurados, dentre eles o Grand Palladium Imbassaí e a segunda etapa do Iberostar, que somam mais de mil empregos.
Por isso tudo e com investimentos em qualificação profissional e empresarial é que faremos urna grande Copa do Mundo em 2014 e uma bela Olimpíada em 2016.
Publicado no jornal A Tarde.
Nota do blog: Ilhéus não foi citada na matéria em razão de funcionar basicamente como turismo de passagem dos grandes Cruzeiros e os responsáveis pela área não tem condições de vender o que a cidade tem de bom. É uma pena.
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