Foto: Codeba
Um acordo entre duas empresas que já foram antagônicas abriu caminho para a expansão do Porto de Salvador. A Wilson Sons anunciou na última quarta-feira (26-01) a venda de 7,5 % das ações do Terminal de Contêineres (Tecon) por R4 11,2 milhões para a Intermarítima. Esta, por sua vez, cedeu o direito de operação na área de 40 mil metros quadrados da Ponta Norte.
Embora se trate de uma operação entre duas instituições privadas, ela deverá impactar a atividade portuária, que é de interesse público. “O terminal estava praticamente estrangulado”, diz o presidente da Companhia das Docas do Estado da Bahia, José Rebouças. “Todo mundo sabia que essa ampliação era necessária, que a limitação física é muito prejudicial”, avaliou.
De acordo com o diretor executivo do Tecon, Demir Lourenço Júnior, a Intermarítima vai ocupar o papel de parceiro estratégico em um ano importante. Após a dragagem concluída no fim do ano passado, o local vai receber investimentos de R$ 150 milhões em novos equipamentos até o fim deste ano.
Para o presidente da Intermarítima, Roberto Oliva, é hora de deixar o passado em que as duas empresas estiveram separadas para trás. “Houve uma grande pacificação em prol do desenvolvimento do Estado”, diz. Segundo ele, os dois lados abriram mão de interesse comum.
Com a expansão ele acredita que a Intermarítima poderá ter um papel importante na relação com os clientes, principalmente com aqueles de menor porte.
O secretário-executivo de Usuários (Usuport), Paulo Villa, lamentou o acordo por “consolidas um monopólio”.
Autor/Fonte: Fonte: Jornal A Tarde
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