Folha.com
Temas polêmicos serão evitados hoje em debate
Daniela Lima de São Paulo
Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), adversários na disputa pela Presidência, devem deixar de fora do debate que será promovido hoje pela Record, às 23h, polêmicas que dominaram o noticiário nas últimas semanas.
Coordenadores das duas campanhas ouvidos pela reportagem disseram que a prioridade é fazer o confronto de propostas.
Temas polêmicos serão evitados hoje em debate
Daniela Lima de São Paulo
Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB), adversários na disputa pela Presidência, devem deixar de fora do debate que será promovido hoje pela Record, às 23h, polêmicas que dominaram o noticiário nas últimas semanas.
Coordenadores das duas campanhas ouvidos pela reportagem disseram que a prioridade é fazer o confronto de propostas.
A avaliação é que embates baseados em temas como aborto e religião, por exemplo, poderiam "ampliar instabilidades".
Do lado petista, os ataques serão direcionados a promessas de Serra, como o aumento do salário mínimo para R$ 600 e a de colocar dois professores em salas de aula do 1º ano de escolas públicas.
A petista irá retomar a estratégia de usar a gestão de Serra em São Paulo para tentar desmoralizar as propostas do tucano.
Dilma também insistirá no tema da privatização, muito explorado na propaganda eleitoral e em atos políticos. Destacará que há uma disputa entre dois "projetos políticos" diferentes.
Do lado tucano, a orientação é que Serra enfatize propostas para a área social para levar a eleitores de classes mais baixas --que majoritariamente declaram voto em Dilma-- propostas como a do 13º do Bolsa Família.
No debate da Record, jornalistas não poderão fazer perguntas aos candidatos. No último encontro de Dilma e Serra, promovido pela Folha e a Rede TV!, foram os questionamentos dos jornalistas que causaram embaraços à petista e ao tucano.
Do lado petista, os ataques serão direcionados a promessas de Serra, como o aumento do salário mínimo para R$ 600 e a de colocar dois professores em salas de aula do 1º ano de escolas públicas.
A petista irá retomar a estratégia de usar a gestão de Serra em São Paulo para tentar desmoralizar as propostas do tucano.
Dilma também insistirá no tema da privatização, muito explorado na propaganda eleitoral e em atos políticos. Destacará que há uma disputa entre dois "projetos políticos" diferentes.
Do lado tucano, a orientação é que Serra enfatize propostas para a área social para levar a eleitores de classes mais baixas --que majoritariamente declaram voto em Dilma-- propostas como a do 13º do Bolsa Família.
No debate da Record, jornalistas não poderão fazer perguntas aos candidatos. No último encontro de Dilma e Serra, promovido pela Folha e a Rede TV!, foram os questionamentos dos jornalistas que causaram embaraços à petista e ao tucano.
Dilma lança nesta segunda-feira programa de governo; veja íntegra
MÁRCIO FALCÃODE BRASÍLIA
Na última semana de campanha, a presidenciável Dilma Rousseff (PT) vai oficializar seu programa de governo, chamado de "Os 13 Compromissos Programáticos de Dilma Rousseff para Debate na Sociedade Brasileira".
A candidata lança nesta segunda-feira, em São Paulo, o texto que traz propostas genéricas, críticas ao discurso do tucano José Serra, além de promessas indiretas para se defender da polêmica do aborto e também de outros pontos sensíveis ao PT --como o controle social da mídia--, que foram contemplados nas duas versões anteriores protocoladas na Justiça Eleitoral.
A informação foi confirmada pelo coordenador do programa e assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. A coordenação da campanha ainda faz os últimos ajustes na proposta.
O primeiro dos 13 pontos, que foram revelados pela Folha em agosto, fala que um eventual governo Dilma vai expandir e fortalecer a democracia política, econômica e social garantindo "irrestrita liberdade religiosa, de imprensa, de expressão, pelo aprofundamento dos direitos humanos".
Essa foi a saída encontrada pela campanha para responder, por exemplo, aos boatos entre os religiosos envolvendo a candidata, que são apontados como um dos fatores que provocaram o segundo turno.
Nesta versão, não há referência direta ao aborto. O texto, que atualmente está no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), diz para tratá-lo como questão de saúde pública nos casos previstos em lei.
O programa preliminar, a que a Folha teve acesso, tem 15 páginas --seis de introdução e as outras com os 13 tópicos e um breve resumo de cada.
Na abertura, o texto ataca os discursos de Serra na área de saúde e sobre políticas socioeconômicas. Segundo o programa, não há novidade nas ações de Serra para a saúde, uma das principais bandeiras do tucano. "Tudo o que nossos adversários dizem que farão, o governo Lula já fez e Dilma continuará fazendo."
Na busca pelo eleitor de Marina Silva (PV), Dilma promete, na área ambiental, "vetar iniciativas que impliquem anistia a desmatadores ou redução de áreas de reserva legal e preservação permanente".
Para evitar críticas de que um governo Dilma contemplaria propostas das alas radicais do PT, o texto abandonou o controle social da mídia, a taxação de grandes fortunas e a redução da jornada de trabalho.
MÁRCIO FALCÃODE BRASÍLIA
Na última semana de campanha, a presidenciável Dilma Rousseff (PT) vai oficializar seu programa de governo, chamado de "Os 13 Compromissos Programáticos de Dilma Rousseff para Debate na Sociedade Brasileira".
A candidata lança nesta segunda-feira, em São Paulo, o texto que traz propostas genéricas, críticas ao discurso do tucano José Serra, além de promessas indiretas para se defender da polêmica do aborto e também de outros pontos sensíveis ao PT --como o controle social da mídia--, que foram contemplados nas duas versões anteriores protocoladas na Justiça Eleitoral.
A informação foi confirmada pelo coordenador do programa e assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia. A coordenação da campanha ainda faz os últimos ajustes na proposta.
O primeiro dos 13 pontos, que foram revelados pela Folha em agosto, fala que um eventual governo Dilma vai expandir e fortalecer a democracia política, econômica e social garantindo "irrestrita liberdade religiosa, de imprensa, de expressão, pelo aprofundamento dos direitos humanos".
Essa foi a saída encontrada pela campanha para responder, por exemplo, aos boatos entre os religiosos envolvendo a candidata, que são apontados como um dos fatores que provocaram o segundo turno.
Nesta versão, não há referência direta ao aborto. O texto, que atualmente está no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), diz para tratá-lo como questão de saúde pública nos casos previstos em lei.
O programa preliminar, a que a Folha teve acesso, tem 15 páginas --seis de introdução e as outras com os 13 tópicos e um breve resumo de cada.
Na abertura, o texto ataca os discursos de Serra na área de saúde e sobre políticas socioeconômicas. Segundo o programa, não há novidade nas ações de Serra para a saúde, uma das principais bandeiras do tucano. "Tudo o que nossos adversários dizem que farão, o governo Lula já fez e Dilma continuará fazendo."
Na busca pelo eleitor de Marina Silva (PV), Dilma promete, na área ambiental, "vetar iniciativas que impliquem anistia a desmatadores ou redução de áreas de reserva legal e preservação permanente".
Para evitar críticas de que um governo Dilma contemplaria propostas das alas radicais do PT, o texto abandonou o controle social da mídia, a taxação de grandes fortunas e a redução da jornada de trabalho.
Fonte:FOLHA.com
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