O Brasil contratou 4.7 GW de novos projetos ano
passado e a reforma do setor elétrico agitará o mercado nos próximos anos
O Conselho Global de Energia Eólica (Global Wind
Energy Council – GWEC) divulgou nesta quarta-feira (05/02), as estatísticas
referentes ao mercado eólico em 2013, apresentando uma capacidade cumulativa
global de 318.137 MW, um aumento de quase 200.000 MW nos últimos cinco anos. No
entanto, o mercado anual caiu quase 10 GW para 35.467 MW, atribuível à queda
vertiginosa nas instalações norte-americanas, devido à lacuna política criada
pelo Congresso dos EUA em 2012. Embora 2013 tenha marcado outro ano difícil para
a indústria eólica, com “apenas" 12,5% de crescimento acumulado, as perspectivas
para 2014 e nos anos seguintes parecem muito mais positivas.
"Fora da Europa e dos EUA, o mercado global
cresceu discretamente no ano passado, liderado pela China e um ano
excepcionalmente forte no Canadá. Enquanto o hiato político nos EUA impactou
fortemente o ano de 2013, a boa notícia é que os projetos em construção nos EUA
totalizaram mais de 12.000 MW no final do ano, um novo recorde. As instalações
europeias ficaram atrás por somente 8%, mas com uma concentração insalubre do
mercado em apenas dois países - Alemanha e Reino Unido ", disse o
secretário-geral do GWEC, Steve Sawyer.
O GWEC destaca os números das grandes
instalações da China, observando que a fase de consolidação para a indústria
chinesa, que começou após o ano de pico em 2010, parece ter acabado. "A China é,
novamente, um mercado em crescimento, o que é uma boa notícia para a indústria.
O compromisso do governo para a energia eólica foi reforçada, mais uma vez,
elevando a meta oficial para 2020 em 200 GW, e a indústria tem respondido",
continuou o Sawyer.
A Índia tem uma nova “Missão Eólica”, o Brasil
contratou 4.7 GW de novos projetos em 2013 e a reforma do setor elétrico agitará
o mercado nos próximos anos. Apesar de alcançar somente 90 MW em instalações
durante 2013, a África apresentará crescimento com novas instalações em 2014,
liderada pela África do Sul, Egito, Marrocos, Etiópia, Quênia e Tanzânia.
"Os mercados que não são membros da Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), no geral, são muito
saudáveis, e há um fluxo constante de novos mercados emergentes na África, Ásia
e América Latina. Com os EUA, aparentemente de volta aos trilhos, pelo menos
para os próximos dois anos, o principal desafio é estabilizar os mercados
europeus, onshore e offshore, que tem sido abalado por indecisão política ao
longo dos últimos anos", disse Sawyer.
GWEC espera que as instalações de 2014
retornem, pelo menos, aos níveis de 2012 e, provavelmente, os ultrapasse. As
previsões do GWEC para os próximos cinco anos (2014-2018) serão divulgadas em
abril.
Fonte: TN Petroléo
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